Em julho deste ano, o movimento negro comemorou a adoção de cotas raciais pela USP – Universidade de São Paulo, uma decisão histórica do Conselho Universitário. A resistência da universidade ao sistema de inclusão adotado em outras instituições de ensino a partir de 2012 tornou o caso um símbolo da necessidade de seguir lutando contra o racismo estrutural brasileiro. Por isso a decisão de julho é tão importante.
A política de cotas faz parte dos avanços conquistados pela população negra em anos de luta no país. São anos de muita resistência, força e algumas conquistas, como a decisão da USP este ano.
Além das cotas, não dá para negar que o enfrentamento ao racismo foi transformado em uma das pautas mais importantes da atualidade. E isso se deve à mobilização de negras e negros ao longo das últimas décadas.
Mas, apesar dos avanços e da visibilidade política, ainda há muita luta pela frente contra as discriminações, desigualdades e preconceitos. É por causa disso que o Fundo Brasil lançou uma nova etapa da campanha #NãoTáTranquiloNãoTáFavorável com o mote “Existir, Resistir e Lutar!”. O objetivo é fortalecer principalmente a luta das mulheres negras no país.
“É preciso enfrentar o racismo, vencer o medo, mudar as estatísticas”, defende a campanha.
Algumas dessas estatísticas estão no Atlas da Violência 2017, lançado pelo Ipea – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O estudo mostra, por exemplo, que enquanto a mortalidade de não-negras (brancas, amarelas e indígenas) caiu 7,4% entre 2005 e 2015, entre as mulheres negras o índice subiu 22% no mesmo período.
A ausência de políticas públicas, as dificuldades de acesso à saúde e educação, a intolerância religiosa, salários e oportunidades de trabalho piores também fazem parte deste cenário.
Para participar da mobilização, clique aqui.
Fundo Brasil
O enfrentamento ao racismo faz parte da trajetória do Fundo Brasil. A fundação apoia projetos que lutam contra violações de direitos, como os altos índices de violência contra a população negra, a intolerância religiosa, o encarceramento seletivo, as desigualdades sociais, as ofensas, o preconceito e a discriminação.
As organizações, grupos e coletivos apoiados enfrentam e denunciam o racismo. E também constroem alternativas para a garantia dos direitos humanos para a população negra.
Conheça aqui os projetos apoiados.
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