Norteados pela questão “por que a comunicação é um direito e não apenas um negócio comercial?” os integrantes do projeto “Fortalecendo o protagonismo de redes e articulações na promoção de direitos humanos no Brasil” inciaram as atividades da 2ª Oficina de Redes, promovida em São Paulo, entre os dias 6 e 8 de maio. Os trabalhos foram conduzidos por Pedro Ekman, integrante da coordenação executiva do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social e do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação.
O intuito da oficina era analisar as principais características dos mecanismos do mercado de comunicação (rádio e tv), sua estrutura produtiva e tecnológica; e como enfrentar esse sistema para ampliar o alcance da produção de conteúdos. As bases de uma internet livre, calcada na liberdade de expressão, na privacidade e na segurança na rede também tiveram destaque. Os participantes puderam tirar dúvidas sobre o Marco Civil da Internet, aprovado no Senado no dia 22 de abril e que aguarda sansão presidencial, de como ela pode facilitar a difusão de pautas dos movimentos sociais e quais as implicações que a disseminação indiscriminada de informações pode trazer para a sociedade.
“A internet é mais uma ferramenta e não existe separação entre os outros meios: rádio e tv, eles se complementam. O que temos a fazer é garantir que exista espaço para todas as vozes”, explicou Pedro.
O oficina “Direito à Comunicação e produção de conteúdos” deu continuidade às formações anteriores, quando os integrantes das redes de direitos humanos puderam construir coletivamente planos de comunicação a serem conduzidos ao longo de 2014. Estiveram reunidas todas as redes que debatem o genocídio da juventude negra; o enfrentamento à violência contra mulheres e população LGBT; a proteção de defensores de direitos humanos; a promoção do direito à cidade; e a defesa do direito à terra e ao território (comunidades quilombolas e povos indígenas).
O projeto “Fortalecendo o protagonismo de redes e articulações na promoção de direitos humanos no Brasil” é uma iniciativa do Fundo Brasil com patrocínio da Petrobras e visa desenvolver estratégias de comunicação para expandir o impacto de ação desses grupos.