Em novembro de 2014, onze jovens foram assassinados em cinco bairros de Belém (PA) após a morte de um policial militar. Em janeiro deste ano, a mesma região foi palco de outras mortes em série. Vinte e oito pessoas foram assassinadas na Grande Belém, também com características de execução, como ocorreu na primeira chacina. Mais uma vez, os assassinatos ocorreram após a morte de um policial militar.
Grande parte dos mortos nesse tipo de crime são jovens, negros e moradores de bairros periféricos. Segundo o Mapa da Violência 2016, 94,4% das vítimas de homicídios por armas de fogo no Brasil são homens. A maioria tem entre 15 e 29 anos. Como em Belém, as chacinas acontecem em bairros da periferia.
Neste cenário de insegurança e violência, a Agência Jovem de Notícias “Jovens Comunicador@as da Amazônia”, do Unipop (Instituto Universidade Popular), realiza neste sábado (11), às 9h, no Cedenpa (Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará), uma Batalha de MC´s como forma de denunciar o extermínio de jovens negros nas periferias de Belém.
O Unipop é apoiado pelo Fundo Brasil por meio do edital “Juntos/as contra a violência que mata a juventude brasileira”. O projeto do instituto apoiado pela fundação é justamente a criação da Agência de Notícias.
O ato contra o extermínio da juventude negra terá várias intervenções culturais. O mestre de cerimônia será Moraes MC. Os primeiros MC´s a chegarem serão inscritos para a batalha que marcará a manifestação.
Com 28 anos de existência, o Unipop é uma entidade de formação para a cidadania ativa, ecumênica e de educação popular. Desenvolve ações com jovens em bairros periféricos da região metropolitana de Belém e da Ilha de Cotijuba, envolvendo ribeirinhos. Atua também nas regiões de Marabá e Santarém, ambas no Pará.
A Agência Jovem de Notícias é um espaço de troca, incidência política e ressonância das manifestações públicas como caminhadas, atos públicos, manhãs culturais e audiências públicas que os jovens organizam.
Fundo Brasil
O Fundo Brasil é uma fundação independente, sem fins lucrativos, que tem a proposta inovadora de construir mecanismos sustentáveis para destinar recursos a defensores e defensoras de direitos humanos em todas as regiões do pais.
A fundação atua como uma ponte, um elo de ligação entre organizações locais e potenciais doadores de recursos.
Em dez anos de atuação, a fundação já destinou R$ 12 milhões a cerca de 300 projetos em todas as regiões do país. Além da doação de recursos, os projetos selecionados são apoiados por meio de atividades de formação e visitas de monitoramento que fortalecem as organizações de direitos humanos.
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