No dia 8 de março, um jantar promovido pela Casa 95 em apoio ao Fundo Brasil de Direitos Humanos homenageou o Dia Internacional das Mulheres e arrecadou recursos para projetos voltados à defesa dos direitos delas.
O espaço, localizado no bairro de Pinheiros, em São Paulo, reuniu doadoras/es, apoiadoras/es da causa e pessoas interessadas em apoiar as iniciativas do Fundo Brasil voltadas à luta pela igualdade de gênero e de direitos, pelo fim da discriminação e da violência contra as mulheres. Parte da reserva paga por cada participante do jantar será revertida para as ações do Fundo Brasil para a promoção dos direitos das mulheres.
Proprietários da Casa95 e anfitriões na noite, Ana Maria Wilheim e Og Doria recepcionaram, além das pessoas convidadas, a equipe de gestão do Fundo Brasil.
Superintendente da fundação, Ana Valéria Araújo trouxe exemplo de como a sociedade civil tem num papel fundamental na democracia. “Antes de ser pautada no Congresso, a Lei Maria da Penha, por exemplo, é resultado de 20 anos de luta do movimento feminista. A sociedade civil é quem pauta o governo para que a gente possa avançar na conquista por direitos”, disse. “E o Fundo Brasil de Direitos Humanos nasceu para ajudar a financiar essa luta, porque ela custa dinheiro. Nós somos uma fundação que precisa mobilizar recursos para colocar esse apoio no campo para as organizações, em suas diferentes pautas, poderem agir.”
Allyne Andrade, superintendente adjunta, contextualizou a importância do 8 de março para a luta pelos direitos humanos no país.
“O 8M é uma data de luta para as mulheres que, no dia a dia, transformam o luto em luta, porque são mães de filhos vítimas de violência do estado, são vítimas da injustiça climática que atinge mais as mulheres, são vítimas da feminização da pobreza, são chefes de família lidando com a fome, com a desigualdade no mercado de trabalho, com abuso sexual e outras violações”, analisou. “O 8M é uma data para reverenciar as tecnologias de luta e de sobrevivência que as mulheres têm criado ao longo da história.”
A Casa 95
Ativista histórica pelos direitos humanos, a socióloga Ana Maria Wilheim transformou a própria casa, na Vila Madalena, em espaço de encontros, conversas e boa gastronomia. Segundo a fundadora, acolhimento é a especialidade da Casa 95. “Alma feminina na cozinha é puro cuidado e carinho. Somos solidários aos movimentos sociais de promoção e defesa de direitos das mulheres”, diz ela, que é parceira de longa data do Fundo Brasil.
A socióloga e seu marido, o geógrafo Og Doria, com frequência mobilizam ações solidárias para apoiar o trabalho da fundação. Ana Maria tem histórico de toda uma vida na luta pela equidade de gênero.
A Casa 95 serve almoços, jantares, brunchs e realiza eventos especiais. Por ser uma cozinha autoral e familiar, a Casa 95 prepara um número limitado de refeições, de acordo com reservas antecipadas. Og é o responsável pela gastronomia do projeto.