A tragédia do Rio Grande do Sul vai completar dois meses. E, neste período, mais de R$ 194 mil já foram arrecadados para as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul, na campanha emergencial, promovida pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos. A mobilização já teve a contribuição de cerca de 2 mil pessoas.
As doações foram integralmente repassadas para o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que reuniu sua militância no estado para socorrer as pessoas afetadas.
Desde que a tragédia assolou o estado gaúcho, a sociedade civil e os movimentos sociais começaram a se mobilizar para garantir abrigo digno e alimentação básica para a população atingida. Eles também têm apoiado diferentes iniciativas de reconstrução do estado.
A atuação do MAB
Em Porto Alegre e em outros municípios dos vales dos rios Jacuí e Taquari, o MAB instalou cozinhas solidárias para preparar refeições para as pessoas desalojadas ou isoladas pelas águas.
O Fundo Brasil uniu-se ao MAB para arrecadar recursos, a fim de dar continuidade à ação solidária. Em Porto Alegre e em outros municípios dos vales dos rios Jacuí e Taquari, o MAB instalou cozinhas solidárias para preparar refeições para as pessoas desalojadas ou isoladas pelas águas.
“Depois do primeiro mês de forte mobilização, em quatro cozinhas, a nossa atuação se concentra agora em duas cozinhas, em Canoas e em Estrela. Só em Canoas, a gente está com a produção de cerca de 900 refeições diárias. Em Estrela produzimos cerca de 250 marmitas, para cerca de seis municípios”, explica Alexania Rossato, coordenadora nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens.
Já foram servidas mais de 40 mil refeições, para famílias de Arroio do Meio, Estrela, Azenha, Porto Alegre, Esteio e Canoas.
“Com o apoio do Fundo Brasil, a gente tem consigo os alimentos adequados para o preparo das marmitas, assim como o deslocamento para chegar às comunidades mais afetadas. Passados os primeiros momentos, as pessoas tentam retomar a vida e voltar para casa. Mas ainda estão fragilizadas e precisam dos itens básicos. Por isso, vocês têm sido fundamentais no nosso trabalho”, ressalta a militante do MAB
Além disso, em diferentes bairros – como Matias Velho, em Canoas, em Esteio, no bairro do Sarandí, em Porto Alegre e nas ilhas da capital gaúcha –, o Movimento dos Atingidos por Barragens tem trabalhado como brigada, para atender às demandas emergenciais das famílias e levantar as principais dúvidas sobre os direitos.
“A gente tem 35 brigadistas atendendo às famílias, em diferentes pontos, levando o socorro e as orientações sobre o direito à saúde, à alimentação, à moradia e fortalecendo as famílias para, em um segundo momento, sabermos como agir para ampliar esses direitos”, concluiu.
A campanha emergencial para o Rio Grande do Sul segue a todo o vapor.
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