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Conheça 7 coletivos que estão mudando a realidade das pessoas LGBTQIAPN+ no país

Este post foi escrito em homenagem à advogada e ativista Darlah Farias, que morreu em junho de 2024. Cofundadora do Coletivo Sapato Preto, grupo de mulheres lésbicas amazônidas, Darlah era conhecida pela trajetória no movimento negro e pelos direitos da população LGBTQIAPN+.

O Brasil é reconhecido como o país que mais mata pessoas da comunidade LGBTQIAPN+. Somente em 2023, 230 pessoas morreram de forma violenta, sendo 184 delas assassinadas, 18 tiraram a própria vida e outras 28 em situações brutais, segundo levantamento do Observatório de Mortes e Violências LGBTI+ no Brasil. O total equivale a uma morte a cada 38 horas. 

Aqui no Brasil, o movimento LGBTQIAPN+ tem 46 anos de luta pela dignidade e pelos direitos mais básicos das pessoas que pertencem ao grupo de afinidade. E, ao longo da história, representantes e as pessoas que apoiam a causa têm organizado iniciativas e coletivos essenciais para a defesa e o fortalecimento da comunidade, oferecendo apoio, promovendo a visibilidade e lutando por políticas públicas, direitos, e uma sociedade mais justa e inclusiva.

No mês do Orgulho LGBTQIAPN+, conheça sete coletivos que têm desempenhado, em todo o país, atividades fundamentais para esta comunidade: 

Coletive Não Binárie da Paraíba – uma organização dedicada à promoção dos direitos humanos, com foco na luta pelo reconhecimento e pela manutenção de direitos de pessoas não-binárias. Com o apoio do Fundo Brasil desenvolveu atividades de conscientização, como o direito a ser tratade pelo nome social e o direito à retificação de prenome e gênero/sexo, assim como mapeamento e orientação para retificação de sexo/gênero não binárie nos registros civis.

Foto: Airan Albino/ Acervo Fundo Brasil

 Associação dos Índios Kokamas (AKIM) – criada em 2005, a associação está sediada no município do Ramal do Brasileirinho, em Manaus (AM). O projeto “Empreendimento das Mulheres Indígenas e LGBTQIA+ do Povo Kokama”, realizado com suporte do Fundo Brasil, tem como objetivo garantir a educação de adolescentes da comunidades sobre o tema LGBTQIAPN+, identificando e abordando os principais problemas relacionados à discriminação.

Igualdade RS (Associação de Travestis e Transexuais do Estado do Rio Grande do Sul) – fundada em 1999 com objetivo de promover ações para manutenção e garantia de direitos sociais, orientação jurídica e atividades educativas à população LGBTQIAPN +, residente ou egressa de presídios no município de Porto Alegre e região Metropolitana do Rio Grande do Sul. 

Distrito DRAG – coletivo fundado em 2017, em Brasília (DF), com a missão de representar, promover a diversidade,  defender os interesses e os direitos das pessoas LGBTQIAPN+, além de combater a discriminação, incluindo racismo e LGBTIfobia. Com recursos do edital do Fundo Brasil, acompanhou no Congresso Nacional e na Câmara Legislativa do Distrito Federal  o monitoramento de propostas de retrocesso em relação à união homoafetiva (retomada do PL 580 de – 1º de setembro, 19 de setembro, 26 e 27 de setembro). 

Coletivo de Transs pra Frente – fundado em 2016 por ativistas trans e travestis de Salvador (BA), é um grupo transfeminista de direitos humanos, majoritariamente composto por pessoas negras. O coletivo realizou diversas ações de articulação, como a reunião promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para discussão sobre o Ambulatório Municipal Especializado em Saúde LGBT+. E criou o Protocolo de Cuidado a homens trans e pessoas transmasculinas, no ciclo gravídico puerperal da Maternidade Climério de Oliveira (MCO), referência no SUS do estado da Bahia, dentro do apoio oferecido pelo Fundo.

Acontece Arte e Política LGBTI+ – criado em 2013 em Florianópolis (SC), o grupo atua diretamente na defesa e na promoção dos Direitos Humanos e à liberdade da orientação sexual e identidade de gênero de pessoas LGBTI+ em especial na construção de políticas públicas e no enfrentamento às inúmeras formas de violência que vitimiza essa população. O coletivo também é responsável pela sistematização do Observatório de Mortes e Violências LGBTI+ no Brasil. Desde a primeira edição, o Dossiê é realizado com o apoio do Fundo Brasil de Direitos Humanos.

FONATRANS – Fórum Nacional de Pessoas Travestis e Transexuais Negras e Negros – espaço nacional de inclusão e de unificação da militância negra de travestis e transexuais e visa articular com o poder público, terceiro setor e a iniciativa privada, a criação de políticas públicas específicas e estratégicas, além da ampliação das já existentes. 

A luta pelo direito à vida e aos direitos mais básicos das pessoas da comunidade ainda segue por uma longa jornada, rumo a uma vida mais justa, digna e sem perseguições. Faça parte dessa ação e contribua com o Fundo Brasil para que a comunidade LGBTQIAPN+ seja respeitada e tenha seus direitos assegurados.

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