O combate ao racismo é o tema da segunda fase da campanha “Diga SIM aos direitos humanos no Brasil”, do Fundo Brasil de Direitos Humanos. A divulgação tem o objetivo de engajar pessoas na defesa de causas sociais. Vídeos publicados na internet abordam temas como direitos da criança, violência contra a mulher, tráfico de pessoas e enfrentamento ao trabalho escravo.
A segunda fase da campanha conta com a participação da atriz Jéssica Ellen, conhecida pela participação em “Malhação” e “Geração Brasil”, da TV Globo.
Como milhares de jovens no Brasil, Jéssica precisou se esforçar bastante até chegar à faculdade de artes cênicas e passar em testes para trabalhar em produções da Globo. Ao mesmo tempo em que estudava em escola pública, participava de cursos oferecidos por organizações não governamentais que contribuíram para a formação e o sucesso da jovem atriz.
Jéssica aprendeu danças populares, teatro e teve aulas sobre política, história e cinema.
Para ela, chega a ser difícil acreditar que a discriminação pela cor da pele exista em um país rico em etnias e raças como o Brasil.
Fundo Brasil
Por meio de editais lançados anualmente, o Fundo Brasil apoia vários projetos de combate ao racismo. O Fórum Estadual de Juventude Negra do Espírito Santo (Fejunes), por exemplo, já teve projetos apoiados em 2008, 2009 e 2014. A Campanha Estadual Contra o Extermínio da Juventude Negra, que tem como objetivo mobilizar a juventude negra e o conjunto da sociedade para o engajamento político para consolidação de um processo de resistência contra o extermínio, está em andamento com apoio da fundação.
“Antes eu ficava sem respostas diante do preconceito. Com a militância, percebi que há formas de enfrentar a repressão. O ideal seria construir uma nova sociedade, sem repressão, em que o bem comum fosse prioridade. A luta exige bastante garra”, afirma Jânio Silva, integrante do Fejunes.
Em quase dez anos de atuação, o Fundo Brasil já destinou R$ 7,6 milhões a quase 300 projetos espalhados por todas as regiões brasileiras. Trabalha para dar visibilidade a organizações locais de direitos humanos e desenvolver um novo modelo de doações e promover o investimento social privado.
“Além de construir mecanismos sustentáveis para destinar recursos aos defensores de direitos humanos, também oferecemos formação e capacitação às organizações e indivíduos apoiados”, diz Ana Valéria Araújo, coordenadora executiva da fundação.
Os projetos selecionados para receber o apoio do Fundo Brasil, por meio de editais, estão distribuídos em várias categorias, como direitos das mulheres, direitos das crianças e dos adolescentes, o estado de direito e o combate à violência institucional, luta contra o racismo e outras formas de discriminação, liberdade de orientação sexual, direito a terra e ao trabalho decente, direitos socioambientais no âmbito das cidades e de grandes projetos de infraestrutura.
Este ano, o Fundo Brasil vai doar mais de R$ 1 milhão para apoiar projetos que tenham o objetivo de combater a violência institucional, a discriminação e o tráfico de pessoas.
Sobre a campanha
O primeiro vídeo contou com a participação da atriz Letícia Sabatella, que falou sobre a importância do combate à violência contra as mulheres. “A cada cinco minutos uma mulher é agredida e a cada duas horas uma mulher é assassinada no Brasil. Há 30 anos esses números só crescem”, afirmou a atriz no vídeo. Para Letícia, esse é um problema de todo mundo e, portanto, homens e mulheres devem atuar para combatê-lo. Acesse aqui a campanha.
Sobre a Fundação
Fundado sob a orientação de ativistas e acadêmicos respeitados, o Fundo Brasil de Direitos Humanos iniciou suas atividades em 2006, como fundação privada, sem fins lucrativos, com a proposta inovadora de construir mecanismos sustentáveis para canalizar recursos destinados aos defensores de direitos humanos, com vistas a fortalecer organizações da sociedade civil e desenvolver a filantropia nacional.