A revista vexatória é uma das principais queixas de pais e mães que vivem a rotina de visitar adolescentes internos na Unidade de Internação Sentenciados I, em Porto Velho (RO). A equipe do Projeto Fazendo a Diferença, do Cedeca (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente “Maria dos Anjos”), acompanhou os responsáveis pelos adolescentes numa visita realizada na quinta-feira (30) e ouviu relatos sobre as situações enfrentadas no local.
O projeto é apoiado pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos e tem como um dos objetivos enfrentar as violações de direitos humanos de adolescentes que cumprem medida socioeducativa em regime de internação.
A revista vexatória é um procedimento obrigatório para entrar na unidade. As mães e pais relatam a obrigação de mostrar as partes íntimas, agachar três vezes de frente e três vezes de costas no espelho e tirar próteses da boca para serem revistados antes de entrar na unidade.
O Cedeca “Maria dos Anjos” briga na Justiça pelo fim da revista vexatória em visitas a familiares internos no sistema penitenciário e unidades socioeducativas.
Os monitoramentos das unidades socioeducativas fazem parte do projeto Fazendo a Diferença. Por meio deles, o Cedeca vai produzir relatórios que funcionem como instrumentos analíticos para o poder público e sociedade civil organizada na formulação, execução e fiscalização das políticas públicas voltadas aos adolescentes em conflito com a lei.
O Cedeca é uma organização não governamental de promoção e defesa de direitos humanos de crianças e adolescentes. Atua por meio da intervenção jurídico-social na articulação, mobilização e participação no controle social para a garantia da proteção integral de crianças e adolescentes.