Em mais uma iniciativa para fortalecer o debate público sobre trabalho digno e proteção social no país, o Labora – Fundo de Apoio ao Trabalho Digno promove na terça-feira, 30 de abril, a roda de conversa “Conexão clima e trabalho digno: que transição justa o Brasil precisa?”. O debate será transmitido em tempo real, das 16h às 18h, pelo link https://bit.ly/Clima-Trabalho
O painel terá presenças de representantes de organizações fundamentais para esse debate. Estão confirmadas participações de Antônio Lisboa, da Central Única dos Trabalhadores (CUT); Ayala Ferreira, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Renata Belzunces, do Dieese; e Victoria Santos, do Instituto Clima e Sociedade (iCS). A mediação será feita por Amanda Camargo, coordenadora de Projetos do Labora.
Labora é uma iniciativa do Fundo Brasil de Direitos Humanos, criada a partir de parceria com Fundação Laudes, Fundação Ford e Open Society Foundations com objetivo de fortalecer a voz e a participação das diversas categorias de pessoas trabalhadoras, sobretudo as informais e precarizadas, nos espaços de diálogo e decisão sobre o trabalho no país.
Mas e o clima?
O encontro propõe aprofundar o debate sobre o tema da transição justa e seu significado para o Brasil. As mudanças climáticas já são uma realidade e afetam diretamente trabalhadores em todo o país, sobretudo os mais expostos às consequências de eventos climáticos extremos, como no trabalho rural e na economia informal, entre outros setores.
É um grande paradoxo: as pessoas e populações que comprovadamente menos contribuem para a crise climática são as mais afetadas pelos seus efeitos negativos.
Nesse sentido, a roda de conversa propõe a reflexão sobre as especificidades do contexto brasileiro, onde grande parte da emissão dos gases que contribuem para a mudança do clima decorre do desmatamento e do modelo produtivo adotado pelo agronegócio. E a partir disso pensar em qual transição é justa para as trabalhadoras e trabalhadores no país, seja nas cidades, no campo, nas águas ou nas florestas, que seja ainda capaz de fazer frente às profundas desigualdades raciais, de gênero e territoriais que marcam a nossa sociedade.