Advogada, mestre e doutora em Direito, especialista em Teoria Crítica Racial e ativista pelos direitos humanos há mais de 15 anos, desde março Allyne Andrade e Silva é a Superintendente adjunta do Fundo Brasil de Direitos Humanos.
Allyne nasceu e cresceu no Rio de Janeiro, no bairro de Realengo. Em 2003, juntou-se à organização Educafro na luta por ações afirmativas no ensino superior. Começou em 2004 o curso de direito na UERJ por meio da política de cotas raciais; também foi bolsista do programa Políticas da Cor, da própria universidade. Durante o curso de graduação, integrou-se aos movimentos de estudantes e de mulheres negras. Em 2007, participou da fundação da Associação de Mulheres Negras Aqualtune.
Concluiu o mestrado (2015) e o doutorado (2019) pela USP (Universidade de São Paulo).
Em 2018, Allyne ganhou uma bolsa de especialização em Teoria Crítica Racial na UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles). Trata-se de uma abordagem sobre direito e relações raciais, como raça e racismo impactam a efetividade do direito. Neste programa, a advogada obteve o título LL.M (Master of Law).
Desde 2011, Allyne trabalha em organizações de defesa de direitos. Atuou na Ação Educativa, no IBCCrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais) e na mandata da deputada estadual de São Paulo Érica Malunguinho.
“Quis trabalhar no Fundo Brasil por ser uma organização de defesa de direitos onde atuavam pessoas negras e pessoas dedicadas aos direitos humanos que eu já admirava, tanto na equipe da fundação quanto no Conselho de Administração. E também pelos tipos de projetos apoiados nos editais, que são projetos de base”, afirma a advogada.
Allyne Andrade é, ainda, autora do livro Direito e Políticas Públicas Quilombolas, publicado este ano pela editora D’Plácido.