Há duas décadas o Cria (Centro de Referência Integral de Adolescentes) trabalha para implementar processos voltados à transformação social por meio da arte, construção de autoestima e coesão comunitária. O principal objetivo é reverter quadros de vulnerabilidade social em Salvador, na Bahia.
A ideia é que a estratégia possibilite a democratização do acesso e também dos processos de criação dos bens culturais, uma forma de empoderar os jovens.
Como parte desse trabalho, o Cria apresenta nos dias 29 e 30 de outubro, em Marcionílio Souza (a 336 km de Salvador), o espetáculo “Quem me ensinou a nadar”, do grupo Iyá de Erê, com entrada gratuita. A peça será apresentada às 10h, 15h e 19h, no Clube Social da cidade.
“Quem me ensinou a nadar” mostra o cotidiano de mães do Pelourinho, bairro histórico de Salvador. Elas enfrentam dificuldades para criar seus filhos e contam com a união da comunidade para sobreviver. Ao mesmo tempo, as crianças têm sonhos e convivem com personagens marcantes no bairro.
Além das apresentações, o Cria fará na cidade atividades de sensibilização para o enfrentamento ao tráfico humano junto à rede de proteção às crianças e aos adolescentes.
O projeto “A Cidade Cria – Cenários de Cidadania pelo Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas” é apoiado pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos. É por meio do projeto que o espetáculo será apresentado em Marcionílio Souza.
O Cria atua em um contexto de jovens e crianças que vivem em situação de risco social no centro antigo e na periferia de Salvador. Segundo a organização, são locais em que a exclusão social tende a ter características específicas: é negra, feminina, jovem ou idosa. Um cenário que favorece o abuso e a exploração de crianças, adolescentes e jovens.
Fundo Brasil
Em quase dez anos de atuação, o Fundo Brasil já destinou R$ 11,7 milhões a cerca de 300 projetos espalhados por todas as regiões brasileiras. Fundado sob a orientação de ativistas e acadêmicos respeitados, o Fundo Brasil começou suas atividades em 2006. Trabalha para alcançar dois objetivos principais: dar voz e visibilidade a organizações locais de defesa de direitos humanos e desenvolver um novo modelo de doações para promover o investimento social privado.