No Ceará, a pedagoga Alessandra Félix organiza mães e amigas para dialogar com jovens em situação de vulnerabilidade. São mulheres que, como ela, têm filhos que já passaram pelo sistema socioeducativo ou pela prisão. Em grupo, elas buscam outras perspectivas de futuro. “Nosso trabalho é chegar a esses meninos antes da bala e da algema”, explica.
Esse grupo de mulheres se constituiu como o coletivo Vozes do Socioeducativo e Prisional a partir da fila da visitação das mães aos seus filhos privados de liberdade. Tem como objetivo lutar contra as torturas na prisão e no sistema socioeducativo. Juntas, elas encaminham e acompanham denúncias. Se fortalecem e fazem suas vozes serem ouvidas. “Com o tempo, nos tornamos defensoras de direitos e começamos a ser reconhecidas por isso, deixando de ser apenas ‘mães de presos’”, conta Alessandra.
Defender direitos humanos é um trabalho de longo prazo. Mas os resultados, mesmo que não sejam imediatos, aparecem. Assim como o grupo de Alessandra, outros coletivos e organizações por todo o país conseguem melhorar as vidas de suas comunidades por meio da luta pela efetivação de seus direitos fundamentais. Uma luta que é, também, pela manutenção e ampliação da própria democracia.
Para destacar resultados positivos dessa luta, o Fundo Brasil de Direitos Humanos lança nesta segunda-feira, 11 de julho, a campanha “Defender Direitos Humanos Dá Resultado”. Com participação de ativistas e influenciadores digitais, a campanha destaca resultados do trabalho de grupos, coletivos e organizações apoiadas pelo Fundo Brasil ao longo de sua trajetória.
Resistindo Com Quem Resiste. A campanha também convida a audiência a se aprofundar nos resultados da luta por direitos humanos no país por meio da leitura da publicação Resistindo Com Quem Resiste.
Lançada como parte das ações para marcar os 15 anos do Fundo Brasil, a publicação apresenta os impactos positivos do trabalho da sociedade civil organizada em quatro grandes pautas: enfrentamento ao racismo, combate ao encarceramento em massa e à tortura nas prisões, defesa de defensores de direitos humanos e enfrentamento à Covid-19.
Faz isso por meio das reflexões e leituras de cenários de mais de 30 coletivos e ativistas, como o pesquisador George Oliveira, que integra o Instituto Steve Biko, voltado à educação de jovens negros e negras. George afirma que “hoje, há muito mais gente no Brasil que se declara negra e que sente orgulho de sua negritude’, e que esse é um resultado da mobilização coletiva dos movimentos negros ao longo de décadas.
A revista traz também o olhar de dirigentes do Fundo Brasil.
Clique para conhecer a publicação Resistindo Com Quem Resiste
Os materiais da campanha “Defender Direitos Humanos Dá Resultado” serão veiculados nos canais do Fundo Brasil: Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn e Youtube.
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