O Fundo Brasil apoia grupos que atuam contra as violências sofridas pelas pessoas LGBT e, nesse contexto, acaba de lançar uma nova fase da campanha #NãoTáTranquiloNãoTáFavorável com foco na defesa do direito à livre orientação sexual e à identidade de gênero no Brasil.
É uma mobilização que visa enfrentar uma realidade cruel, que tem relatos como os de estudantes LGBT agredidos dentro das escolas, o que logicamente atrapalha o rendimento nos estudos. A Pesquisa Nacional sobre o Ambiente Educacional no Brasil 2016 revelou que 73% das alunas e alunos LGBTs já foram agredidos verbalmente e 36% fisicamente. Mais de 50% faltaram às aulas por causa das agressões e 80% disseram raramente ter recebido notas boas ou excelentes.
A campanha lançada pelo Fundo Brasil tem o objetivo de chamar atenção para as violações de direitos sofridas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais e conquistar o apoio a essa e a todas as demais causas relacionadas aos direitos humanos.
A mobilização é feita por meio de artes especiais, estilo lambe-lambe, com frases de apoio à causa. “Eu respeito a diversidade”; “O amor não tem rótulos”; e “Somos muitos, não somos minoria” são algumas das frases. Elas podem ser baixadas e usadas como pôsteres ou aplicadas em camisetas. Também há imagens que podem ser usadas como foto de capa de perfil no Facebook. Confira aqui!
Fundo Brasil
O Fundo Brasil é um elo entre doadores e organizações locais. Nosso objetivo é destinar recursos a essas organizações e assim viabilizar projetos relacionados aos direitos humanos, entre eles os relacionados aos direitos LGBTs.
Até hoje, foram 21 projetos apoiados, em todas as regiões do país, com esse foco. As iniciativas apoiadas têm como objetivo realizar incidência política para conquistar condições dignas de acesso aos serviços públicos para a população LGBT; contemplam atividades de formação em comunidades para fortalecer a luta contra o preconceito e a violência; defendem os direitos sexuais e reprodutivos e de prevenção em DSTs/HIV/Aids; e buscam garantir os direitos básicos das pessoas LGBT presas.
Esse trabalho permanente da sociedade civil organizada alcançou avanços nos últimos anos no que se refere à ampliação de direitos, mas é inevitável a constatação de que há ameaças concretas. São inúmeras as forças conservadoras que atuam no sentido da perda de direitos. Acreditamos que somente com o envolvimento de todos os setores da sociedade podemos construir um país mais justo para todas e todos.