O Fundo Brasil apoia, no momento, oito projetos que combatem o tráfico de pessoas para o trabalho escravo ou exploração sexual de mulheres, crianças e adolescentes. O apoio é dado em um contexto em que o tráfico humano é uma das grandes preocupações atuais e merece atenção dos defensores de direitos humanos.
As iniciativas foram selecionadas por meio do edital “Enfrentamento ao tráfico de pessoas”, com a doação de até R$ 40 mil por projeto.
Saiba mais sobre as iniciativas apoiadas:
Camtra – Casa da Mulher Trabalhadora – Rio de Janeiro
O projeto “Vaza malandragem. Do meu corpo e dos meus sonhos, cuido eu! Não à exploração sexual de meninas em mulheres” promove o compartilhamento de informações sobre exploração sexual para meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade. Também divulga formas de identificação de aliciamento, meios de denúncias e enfrentamento. Fortalece as articulações e redes locais de enfrentamento ao tráfico humano com vistas à exploração sexual de meninas e mulheres.
Cria – Centro de Referência Integral de Adolescentes – Bahia
“A Cidade Cria – Cenários de Cidadania pelo Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas” é um projeto que mobiliza e articula a sociedade baiana para o enfrentamento ao tráfico, ao abuso e à exploração sexual e comercial de crianças, adolescentes e jovens por meio da arte-educação.
Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humans Carmen Bascarán – Maranhão
A organização desenvolve o projeto “Encontros para combate ao tráfico humano”, que aumenta o alerta social sobre o tráfico humano e promove a participação e organização social de comunidades vulneráveis.
Cami – Centro de Apoio e Pastoral do Migrante – São Paulo
O projeto “Vida nova com dignidade e respeito para os imigrantes” promove o conhecimento e a garantia dos direitos dos trabalhadores imigrantes e suas famílias; e combate o trabalho escravo, o trabalho degradante e o tráfico de pessoas.
Pastoral da Mobilidade Humana – Mato Grosso do Sul
Sediada em Corumbá, a pastoral desenvolve o projeto “Migração Legal: migrar é um direito, traficar é um crime”, que acolhe, acompanha, informa, orienta e capacita os migrantes sobre as condições de mobilidade no Brasil; restabelece a dignidade às vítimas do tráfico de pessoas e exploração de mão de obra; enfrenta o preconceito institucional e a criminalização e funciona como elo de comunicação entre os familiares e o local de trabalho ou residência no Brasil.
Grupo Guaribas de Livre Orientação Sexual – Piauí
O projeto “Tráfico de Pessoas: um desafio a ser vencido” identifica situações de prevenção do tráfico por meio de informação e mobilização; capacita lideranças; realiza palestras nas escolas; e promove seminários para disseminação de informações.
Aprosmig – Associação de Prostituição de Minas Gerais
“Prostituta, direitos e migração” é o projeto da associação que previne e protege as mulheres contra o tráfico para exploração sexual; discute a diferença entre migração para trabalho sexual e tráfico para trabalho sexual exploratório; capacita profissionais sobre os perigos nos fluxos migratórios; capacita sobre redes de apoio nacionais e internacionais; e fortalece os direitos das profissionais do sexo.
União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira – Amazônia
O projeto “Trabalhadoras indígenas com liberdade, dignidade, direitos e cidadania” enfrenta o tráfico de mulheres indígenas para trabalharem como domésticas em regime de semiescravidão nos centros urbanos; produz material de informação e orientação e capacita mulheres indígenas sobre o tema.