A seca extrema no Amazonas tem causado um impacto devastador nos territórios e comunidades indígenas dos 62 municípios do estado. Com o maior contingente populacional indígena e a maior área de floresta preservada no Brasil, o estado vive uma situação alarmante. Rios como o Amazonas, Solimões, Negro, Madeira, Juruá e Purus secam a uma velocidade impressionante, enquanto as queimadas na floresta cobrem cidades, comunidades e aldeias com fumaça, prejudicando gravemente a saúde, especialmente de crianças e idosos.
Diante dessa situação crítica, o Fundo Brasil de Direitos Humanos se uniu à Articulação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas (APIAM) na campanha SOS Seca no Amazonas. A campanha visa assegurar os direitos humanos dos povos indígenas no Amazonas por meio da proteção de suas terras e ações emergenciais.
O objetivo da campanha é captar recursos para enfrentar os desafios decorrentes da seca e das consequências dos processos históricos de exploração ambiental que afetam a região.
O tamanho do problema
A seca já impacta direta e indiretamente todos os 66 povos indígenas do Amazonas, restringindo o acesso a direitos e necessidades básicas, como saúde, educação e deslocamento, além de afetar diretamente a produção de alimentos. As roças estão secas, a caça desaparece e os peixes, que representam uma base alimentar essencial e uma importante fonte de renda para muitas famílias indígenas, estão morrendo.
Dados apontam que 95% do estado está atualmente classificado como em situação de risco máximo devido à seca. Cerca de 138 mil famílias, o que equivale a aproximadamente 557 mil pessoas, estão sendo afetadas, incluindo os povos indígenas.
Os recursos adquiridos serão repassados integralmente para a APIAM coordenar, apoiar e monitorar ações voltadas às populações indígenas que estão sofrendo com a seca.
A situação é grave! Faça agora a sua doação acessando a página: https://doe.fundobrasil.org.br/seca-amazonas/