Ana Valéria Araújo, coordenadora executiva do Fundo Brasil, e Maíra Junqueira, coordenadora executiva adjunta e coordenadora de relacionamento com a sociedade, são autoras de um dos artigos do livro “Filantropia de justiça social, sociedade civil e movimentos sociais no Brasil”, organizado por Graciela Hopstein, coordenadora da Rede de Filantropia para a Justiça Social.
O livro foi lançado na terça-feira, dia 10, com debate e autógrafos no ICS (Instituto Clima e Sociedade), no Rio.
No artigo “Filantropia de justiça social e defesa dos direitos humanos”, Ana Valéria e Maíra escrevem sobre o fato de o Brasil ser um dos países mais desiguais do mundo, com graves violações de direitos humanos e, ao mesmo tempo, ter uma rica movimentação de atores sociais que enfrentam essa desigualdade e estão comprometidos com a construção de um país mais justo e democrático.
Elas analisam a questão dos recursos financeiros como um desafio para a sociedade civil e defendem uma melhor compreensão do papel da chamada filantropia para justiça social.
“Construir mecanismos sustentáveis para obter recursos objetivando o apoio à promoção de direitos humanos no país deve ser estratégico para a sociedade civil – e para a sociedade em geral, já que esses mecanismos irão determinar as possibilidades reais do cidadão contribuir para o empoderamento de atores, o fortalecimento de suas ações e com isso ver-se concretamente refletido no âmbito da luta por um país melhor”, escrevem.
A publicação é composta por 22 textos com análises e reflexões sobre sobre o cenário da filantropia de justiça social no Brasil e as suas interfaces e articulações com grupos e organizações da sociedade civil e movimentos sociais.
O livro é dividido em cinco eixos: O cenário dos direitos humanos na América Latina e no Brasil; Visão internacional sobre a filantropia na América Latina e no Brasil; Filantropia de justiça social no Brasil; Filantropia comunitária no cenário Internacional e no Brasil e Mobilização de recursos e investimento social privado no Brasil.
Além de Ana Valéria e Maíra, estão entre as autoras Amalia Ficher, coordenadora do Fundo ELAS; Ana Toni, do GIP – Gestão de Interesse Público; Maria Amália Souza, do Fundo Socioambiental CASA; e Ivana Bentes, da Escola de Comunicação da UFRJ.
A organizadora
Graciela Hopstein é formada em Educação pela Universidade de Buenos Aires (UBA); mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutora em Serviço Social pela Universidade Federal de Rio de Janeiro (UFRJ). Trabalhou no planejamento e gestão de projetos sociais e desenvolveu atividades de pesquisa e de formação nas áreas de políticas públicas, movimentos sociais e qualificação profissional. Contribuiu com organização de seminários nacionais e internacionais, participou na organização de publicações e é autora de diversos artigos publicados em revistas acadêmicas e livros. Atua em temáticas relacionadas aos movimentos sociais urbanos e políticas públicas de cultura no contexto da América Latina, com ênfase na Argentina e no Brasil.
Sobre o livro, ela afirmou em entrevista ao Fundo ELAS que uma pergunta fundamental que norteia a publicação é: o que se entende por filantropia de justiça social?
“Trata-se do apoio – através de doações diretas e indiretas – voltado para o fortalecimento de movimentos, organizações e grupos da sociedade civil ligadas à transformação social, à igualdade de acesso a direitos humanos e civis, à redistribuição de todos os aspectos do bem-estar; e a promoção da diversidade e da igualdade de gênero, orientação sexual, raça, etnia, cultura e estado de incapacidade”, respondeu.
Para ler a versão digital, clique aqui.
Acompanhe as redes sociais do Fundo Brasil: Facebook, Twitter e Instagram