O Fundo Brasil de Direitos Humanos realiza visitas a cinco projetos apoiados na região nordeste do país no período de 27/1 a 29/1. Os projetos são desenvolvidos em Aracaju (SE) e Salvador (BA). A coordenadora de Projetos da Fundação, Taciana Gouveia, visitará o Centro de Umbanda Caboclo Tupy, em Aracaju, a Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais no Estado da Bahia, o Ideas (Instituto de Desenvolvimento de Ações Sociais), o Cria (Centro de Referência Integral de Adolescentes) e o Chame (Centro Humanitário de Apoio à Mulher), em Salvador. Taciana estará acompanhada de Ully Zizo, assistente administrativa da fundação.
As visitas fazem parte das atividades de monitoramento do Fundo Brasil, fundação privada, sem fins lucrativos, que tem a missão de promover os direitos humanos no país por meio de um modelo inovador de apoio a projetos, fortalecendo organizações sociais e desenvolvendo a filantropia de justiça social.
O objetivo das visitas é oferecer assistência técnica e estratégica às organizações. Os projetos desenvolvidos recebem acompanhamento permanente da fundação.
O Centro de Umbanda Caboclo Tupy, em Aracaju, é apoiado pelo Fundo Brasil por meio do edital anual 2015, com o projeto “Preservando o Axé”, que oferece assessoria jurídica popular contra a subtração dos espaços litúrgicos naturais afrorreligiosos em Sergipe. O objetivo é criar uma rede permanente de profissionais jurídicos e ativistas capacitados para oferecer proteção aos espaços litúrgicos. De acordo com os responsáveis, a urbanização desorganizada contribui para a perda de território dos templos de matriz africana em Sergipe e em outras regiões do Brasil. Com isso, os adeptos são obrigados a buscar refúgios em espaços verdes remanescentes. No entanto, enfrentam resistências e ameaças às práticas religiosas. O Centro de Umbanda será visitado no dia 27/1.
No dia 28/1, a visita de monitoramento será na Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais no Estado da Bahia, em Salvador, apoiada pela fundação por meio do edital Litigância estratégica, advocacy e comunicação para promoção, proteção e defesa dos direitos humanos. A associação oferece assessoria jurídica popular a comunidades quilombolas e pesqueiras no Recôncavo Baiano.
O objetivo é auxiliar as comunidades tradicionais pesqueiras e quilombolas em processos judiciais e administrativos que envolvam a luta pelo reconhecimento, titulação e preservação de seus territórios. O trabalho é realizado com as comunidades impactadas pelo avanço do cultivo de eucalipto, criatórios de camarões e pela instalação do estaleiro Paraguaçu.
Também no dia 28/1, em Salvador, será visitado o Ideas (Instituto de Desenvolvimento de Ações Sociais), apoiado pelo Fundo Brasil por meio do edital Megaeventos esportivos e direitos humanos e também por meio do edital anual 2015. O Ideas atua em um contexto de acirramento de conflitos urbanos provocados pelo projeto de revitalização do centro antigo de Salvador, que atinge de forma direta as comunidades da Gamboa de Baixo e da Ladeira da Conceição da Praia. Em outra frente, os conflitos atingem os moradores da Chácara Santo Antônio e de ocupações como a do bairro 2 de Julho. Eles são ameaçados de desocupação para que os imóveis sejam transferidos para a iniciativa privada. O Ideas coordena uma rede urbana de resistências populares oferecendo acompanhamento político e jurídico às famílias, elaboração de material de divulgação e formação política.
No dia 29/1 a visita será ao Cria (Centro de Referência Integral de Adolescentes), apoiado por meio do edital Enfrentamento ao tráfico de pessoas. O Cria desenvolve o projeto Cidade Cria – Cenários de Cidadania pelo Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, que visa mobilizar e articular a sociedade baiana para enfrentar, por meio da arte-educação, o tráfico, o abuso e a exploração sexual e comercial de crianças, adolescentes e jovens.
Fundo Brasil
Em quase dez anos de atuação, o Fundo Brasil já destinou R$ 11,7 milhões a cerca de 300 projetos espalhados por todas as regiões brasileiras. Fundado sob a orientação de ativistas e acadêmicos respeitados, começou suas atividades em 2006. Trabalha para alcançar dois objetivos principais: dar voz e visibilidade a organizações locais de defesa de direitos humanos e desenvolver um novo modelo de doações para promover o investimento social privado.
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