Para os movimentos sociais e as organizações populares brasileiras, trabalho digno é um dos pilares na superação da pobreza e das desigualdades. Trabalho decente e soberania alimentar são as principais demandas da sociedade civil organizada expressas na carta final do G20 Social, realizado de 14 a 16 de novembro no Rio de Janeiro.
O documento foi elaborado para ser entregue aos líderes reunidos na cúpula do Grupo dos Vinte, que começou nesta segunda-feira (18). Conhecido como G20, o grupo voltado à cooperação econômica reúne os 20 países que representam 85% do PIB e dois terços da população mundial.
Durante os três dias de atividades do G20 Social, espaço de participação da sociedade civil antes da cúpula do G20, o Labora – Fundo de Apoio ao Trabalho Digno apoiou a participação de 19 organizações que atuam pela promoção do trabalho digno no Brasil.
- Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Direitos (MTSD)
- Grupo de Agricultores e Extrativistas do Purupuru
- Instituto Somos+
- Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
- Grupo De Emancipação e Luta Livre a Orientação Sexual (Ellos)
- Associação de Mulheres João de Barro
- Movimento de Trabalhadores por Direitos (MTD)
- Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT)
- Associação de Trabalhadores de Aplicativos por Moto e Bike Natal/RN (ATAMB)
- Movimento Unido dos Camelôs (MUCA)
- Sindicato dos Trabalhadores Entregadores, Empregados e Autônomos de Moto e Bicicleta por Aplicativos do Estado de Pernambuco (SEAMBAPE)
- Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE)
- Sindicato dos Trabalhadores(as) Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Japeri
- Instituto Hounsou de Integração África Amazônia (Hafama)
- União Motoboy e Bike/RJ
- Observatório de Comunidades e Periferias de Santa Catarina
- Associação de Mulheres Brasileiras (AMB)
- Tereza de Benguela Coletivo de Faxinas
Segundo divulgou a Secretaria Geral da Presidência da República, o G20 Social contou com 46.800 inscritos e mais de 15 mil pessoas credenciadas para participar dos debates que, ao todo, abordaram mais de 300 temas.
Entenda o Labora
Labora – Fundo de Apoio ao Trabalho Digno é uma iniciativa de filantropia de justiça social para fortalecer a organização autônoma, a voz e o protagonismo das pessoas trabalhadoras nos debates e nos espaços de decisão sobre os desafios contemporâneos.
Para o Labora, trabalho digno para todas as pessoas, com justiça racial, de gênero e climática, é premissa fundamental para superar as profundas desigualdades que marcam a estrutura social e econômica do Brasil, e para o fortalecimento da democracia.
Entendemos que a participação de trabalhadoras e trabalhadores também é indispensável para a urgente adaptação ao cenário de mudanças climáticas aceleradas, e para uma transição para uma economia de baixo carbono que seja justa e não deixe ninguém para trás.
Criado, implantado e operado pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos, Labora surgiu de um esforço de criação coletiva iniciado por Laudes Foundation no Brasil, com a adesão de Fundação Ford e Open Society Foundations. As três fundações são parceiras da iniciativa e integram o comitê de gestão.
Em 22 meses, o Labora tem no portfólio mais de 90 projetos apoiados com doações de mais de R$ 23 milhões. Realizou, ainda, atividades de formação, apoio a 40 atividades de mobilização, articulação e incidência e a 25 viagens de intercâmbio de aprendizado entre organizações.