Conheça a nossa missão, o nosso impacto e a equipe
Saiba maisEncontre as vagas em aberto para trabalhar no Fundo Brasil
Saiba maisFortalecemos a sociedade civil organizada brasileira para a promoção e a defesa dos direitos humanos
Saiba maisConfira os editais gerais e temáticos
Fundos de resposta rápida
Apoios diretos para iniciativas estratégicas
Para diálogo e aprendizado
Acompanhamento individual a projetos
Covid-19, Programa Rio Doce e outros
Pesquise a lista completa ou por tema de interesse
Saiba maisEvidências mostram que o caminho para o enfrentamento às mudanças climáticas passa por ouvir e apoiar diretamente os povos e comunidades que desde sempre habitam e manejam territórios com respeito ao meio ambiente e ao bem viver das pessoas. Em novembro de 2023 o Fundo Brasil lançou Raízes – Fundo de Justiça Climática Para Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais.
Essa linha temática tem como objetivo fortalecer a auto-organização de povos indígenas e das comunidades tradicionais para que tenham protagonismo no debate público.
Neste sentido, Raízes é um esforço concentrado de captação de recursos e apoio contínuo a esses povos e comunidades.
Segundo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), mais de 40% da população mundial já se encontra em alta vulnerabilidade às mudanças climáticas. No sul global, essa vulnerabilidade é ainda mais profunda, agravada por fatores históricos intrinsecamente relacionados, como desigualdade social, injustiça fundiária, racismo ambiental, dentre outros.
Ainda segundo relatório do IPCC, a cooperação e a tomada de decisões inclusivas com as comunidades locais e os povos indígenas, bem como o reconhecimento dos direitos inerentes desses povos, são elementos essenciais para o sucesso da proteção das florestas e de outros ecossistemas.
Nesse sentido, Raízes – Fundo de Justiça Climática Para Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais propõe construir e aprimorar apoios com base na escuta contínua desses povos e comunidades. Propõe, ainda, conduzir esse trabalho a partir de um olhar sistêmico e interseccional, fortalecendo a noção de que a garantia de direitos territoriais é parte da solução para a crise climática que enfrentamos.
Segundo o Decreto 6.040/2007, art. 3º, § 1º, os Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs) no Brasil podem ser definidos como: “grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.
Sendo assim, a preservação dos direitos desses povos é fundamental para a conservação da sociobiodiversidade brasileira e dos mais diversos aspectos sociais, culturais e ecológicos que compõem esta nação.
A definição de comunidades tradicionais no Brasil abarca dezenas de grupos culturalmente diferenciados, que se caracterizam por formas próprias de organização social e que mantêm uma relação profunda e respeitosa com seus territórios e recursos naturais.
Entre esses grupos estão andirobeiras, apanhadores de sempre-vivas, caatingueiros, catadores de mangaba, quilombolas, extrativistas, ribeirinhos, caiçaras, ciganos, povos de terreiro, cipozeiros, castanheiras, faxinalenses, fundo e fecho de pasto, geraizeiros, ilhéus, isqueiros, morroquianos, pantaneiros, pescadores artesanais, piaçabeiros, pomeranos, quebradeiras de coco babaçu, quilombolas, retireiros, seringueiros, vazanteiros e veredeiros.