Adriano de Araújo
Grita Baixada: voz e memória como mecanismos de enfrentamento à violência de estado e ao racismo
Rio de Janeiro
Objetivos e público prioritário
Fortalecer a incidência política realizada pelo Fórum Grita Baixada no campo da segurança pública e dos direitos humanos por meio de discussões promovidas com a população, em especial jovens da Baixada Fluminense, acerca o genocídio da população pobre e negra.
Atividades principais
- Estimular as denúncias e a comunicação de casos de violência de estado no campo da segurança pública a partir da exibição de um curta (documentário).
- Promover articulações e ações de incidência social e política na Baixada Fluminense, com a perspectiva dos direitos humanos e da segurança pública.
- Promover mobilização em escolas públicas, instituições religiosas, praças, entre outros locais da Baixada Fluminense, por meio da exibição de documentário e de atividades ligadas a discussão de segurança pública e direitos humanos.
- Realizar cinedebates em escolas e/ou pré-vestibulares comunitários na Baixada Fluminense sobre a temática de direitos humanos, enfrentamento a violência de estado, memória e justiça racial.
Contexto
Índices de violência cada vez mais assustadores desembocam em soluções ineficazes, descaso e abandono, em especial, das áreas periféricas do Estado do Rio de Janeiro, tais como as favelas e a Baixada Fluminense. A ineficácia do estado em garantir os direitos da população mais pobre é a outra face da sua presença, através dos seus agentes da área de segurança, operadores da justiça ou representantes do legislativo e executivo nos esquemas de corrupção, tráfico de drogas e de armas, crime organizado e milícias. Quanto mais negra a pele, mais pobre o indivíduo e mais segregada a moradia, maior é a descarga punitiva que transforma a vítima em culpado. O desmonte das políticas públicas de educação e segurança é mais uma das faces dessa conjuntura de criminalização da população pobre e negra das periferias. O resultado pode ser verificado, na Baixada, por meio do aumento da violência, que possui Queimados e Japeri entre as cidades mais violentas do Brasil.
Sobre a organização
Adriano de Araújo é coordenador do Centro Sócio-Político de Formação na Diocese de Nova Iguaçu, financiado pela Misereor, por cerca de dez anos. Coordenador há dois anos do Fórum Grita Baixada (projeto de Segurança Pública e Direitos Humanos também financiado pela Misereor) que atualmente agrega outro projeto financiado pela Fundação Ford “Direito à Memória e a Justiça Racial” e que já executou projeto financiado pelo Fundo Brasil (aporte financeiro para circulação e exibição do documentário “Nossos Mortos Têm Voz” em escolas públicas da Baixada e em festivais.
Parcerias
Rede de Mães da Baixada.
Pastoral Operária e Universidade Federal Fluminense.
Linha de Apoio
Edital Anual
Ano
2019
Valor doado
R$ 39.350,00
Duração
12 meses
Temática principal
Enfrentamento ao racismo