Articulação de Movimentos e Comunidades do Centro Antigo de Salvador
Marias Felipas, Caboclas e Guerreiras Negras na defesa do território do Centro Antigo e Histórico de Salvador
Bahia
Objetivos e público prioritário
Contribuir para a defesa do território e a garantia da permanência de moradores (as) e trabalhadores (as) no Centro Antigo de Salvador em defesa desse território. Mediante processos de participação popular, o projeto busca enfrentar as intervenções que impulsionam processos de expulsão destes trabalhadores de setores populares de Salvador.
Contexto
Em local de profundas desigualdades de acesso a recursos e poder em Salvador e diante de um cenário nacional de rupturas democráticas, é fundamental o fortalecimento das organizações e de movimentos para ampliarem suas capacidades de atuação, a fim de resistirem em suas lutas. Assim, a articulação viu a necessidade de lutar pela resolução de problemas como conflitos socioambientais e territoriais, que afetam comunidades mais vulnerabilizadas do Centro Antigo de Salvador. Esses indivíduos são expulsos de seus territórios, com desigualdades relativas ao direito à cidade e de oportunidades a jovens negras. O fortalecimento da organização amplia a capacidade de atuação e de resistência em suas lutas, a partir de referências femininas ancestrais como da Cabocla e de Maria Felipa, sendo as mulheres negras as principais lideranças comunitárias no Centro Antigo de Salvador.
Sobre a organização
A Articulação de Movimentos e Comunidades do Centro Antigo de Salvador surgiu em 2014, com a finalidade de afirmar em suas ações, o direito à cidade denunciando o autoritarismo de intervenções públicas que favorecem o mercado imobiliário, sem consulta e, muitas vezes, com uso de violência das forças de segurança pública. A articulação atua com mobilização, formação técnico-política, comunicação e incidência política, no acompanhamento e contestação de programas, planos e instrumentos para o Centro Antigo de Salvador, que priorizam o mercado privado e de projetos corporativos, impactando a população de baixa renda e negra que mora e trabalha na região. A organização atua assim na defesa pela permanência das comunidades contra demolições/remoções irregulares, ameaça de expulsão via desapropriações, reintegrações de posse, reformas ou omissão, ausência de instrumentos urbanísticos, entre outros.
Linha de Apoio
Edital Resistência (2020)
Ano
2020
Valor doado
R$ 37.785,00
Duração
12 meses
Temática principal
Direito à terra