Objetivos e público alvo
Capacitar travestis e transexuais egressas do sistema prisional ou vítimas de violência, em estética e design de moda. Integrá-las ao mercado de trabalho local, oferecendo oportunidades de emprego diretas ou indiretas, além de sensibilizar a sociedade utilizando as mídias sociais. O objetivo é transformar as participantes em empreendedoras, promovendo uma reintegração social segura e saudável, e fortalecendo na construção de um futuro promissor.
Contexto
Dados atualizados de 2020 mostram que o sistema prisional brasileiro abrigava 1.027 travestis, 611 mulheres trans e 353 homens trans, evidenciando a presença marcante desses grupos em um ambiente prisional que raramente atende às suas necessidades específicas: apenas 3% dos presídios contam com alas dedicadas, e somente 7% dispõem de celas exclusivas, conforme informações do DEPEN e INFOPEN. Esta realidade aumenta a exposição desses indivíduos a violências, agravando os desafios para sua reintegração social e profissional após a detenção. A exclusão persistente leva a uma realidade na qual estudos indicam que mais de 90% das travestis brasileiras recorrem à prostituição como meio de subsistência primária, enquanto muitas se veem forçadas a se envolver com o tráfico de drogas devido à escassez de oportunidades de emprego formal. Esses dados enfatizam a necessidade premente de políticas públicas mais eficazes para facilitar a reintegração de travestis e mulheres trans que saem do sistema prisional, promovendo o acesso a empregos dignos e combatendo o ciclo de violência e marginalização que enfrentam.
Sobre a Organização
Fundada em 2008 em Pernambuco, a AMOTRANS tem como missão o desenvolvimento de políticas para o enfrentamento das violações dos direitos humanos de travestis e transexuais. Surgiu como parte do projeto Tulipa da ANTRA, que visava estabelecer entidades nos 9 estados do Nordeste focadas nos direitos e cidadania das pessoas Trans.