Objetivos e público alvo
No âmbito de uma rede nacional de articulação dos agentes locais envolvidos no monitoramento do efeitos da Copa 2014 e da Olimpíada 2016 nas cidades brasileiras, o grupo visava fomentar em Porto Alegre a organização comunitária por meio do Comitê Popular da Copa (CPC). A proposta era monitorar violações de direitos humanos nas comunidades afetadas direta e indiretamente pelas remoções planejadas para efetivação das obras previstas para a realização da Copa em 2014. Por volta de 4,5 mil famílias afetadas pelas remoções seriam diretamente beneficiadas.
Atividades Principais
- Estimular e promover formação política das lideranças comunitárias
- Produzir informações e publicações para denunciar impactos sociais, ambientais, urbanísticos e econômicos das obras em Porto Alegre
- Realizar o 3o. Encontro da Rede Nacional de Monitoramento dos Direitos da População
- Produzir cartilha sobre as principais violações de direitos humanos cometidas por ocasião das obras para os grandes eventos esportivos
- Manter atualizado o blog http://comitepopularcopapoa2014.blogspot.com
Contexto
Pelo menos 4,5 mil remoções de famílias das suas casas foram previstas por causa das obras realizadas em Porto Alegre para receber a Copa do Mundo de 2014, como a ampliação da pista do aeroporto Salgado Filho e a duplicação da Avenida Moab Caldas, que se colocou como necessária para melhora no acesso ao estádio Beira-Rio, onde ocorreram os jogos na capital gaúcha. A política de remoções levava os pobres para longe do centro da cidade, de seus locais de origem e de seus postos de trabalho. Além da violação do direito à moradia, ocorreram outras violações de direitos humanos e de direitos trabalhistas.
Sobre a Organização
Tem como missão articular e organizar pessoas e entidades sociais para atuar de forma solidária na promoção da justiça, no apoio a grupos que desenvolvam iniciativas de mudanças social e estrutural da sociedade e no combate à desigualdade social e à miséria. O grupo atua em três grandes eixos: assistência a comunidades indígenas; reciclagem de resíduos; e ações de mobilização da juventude.
Parcerias
Relatoria Especial da ONU para o Direito à Moradia
Resultados
Os debates sobre a Copa e o direito à cidade propostos pelo grupo chegaram a 1.500 famílias por meio de atividades variadas: reuniões e oficinas de formação com foco em direitos, na necessidade de resistir às remoções e nas estratégias de resistência, palestras nas comunidades atingidas pelas obras da Copa 2014, produção de material informativo. Na segunda etapa de execução do projeto foi desenvolvido um boletim informativo que foi reimpresso por diversas vezes e distribuído em diversas comunidades pelo Brasil. Panfletos, jornal semestral e blog foram publicados; o grupo participou da Cúpula dos Povos. Os materiais podem ser conferidos no blog http://comitepopularcopapoa2014.blogspot.com.