Objetivos e público alvo
Propõe a articulação de um coletivo de filhes de encarcerados entendendo-os como sobreviventes das prisões. O objetivo é garantir que jovens e adultos estejam mais presentes nos debates e no ativismo, atuando a partir de suas próprias experiências e ampliando perspectivas sobre vidas marcadas pela prisão.
Contexto
Para além dos efeitos do encarceramento e da criminalização que se interpõem na vida de filhas e filhos de presas/os, vale notar que eles cumprem um papel de mediadores das relações de seus familiares privados de liberdade, seja pela presença nas visitas familiares às prisões, seja pela presença na vida pós-prisão. Sair da prisão não significa apagar o estigma que marca as vidas que passam pela prisão, tampouco extingue situações de violência institucional ali vividas – tanto por pessoas presas como por familiares, incluindo filhas/os. Esse desafio será enfrentado com as experiências e troca de ideias com parceiros da Amparar que já vem trabalhando no ativismo de filhas/os de presos e de sobreviventes – como a Acifad, organização argentina que compõe a Rimuf, rede da qual participamos.
Sobre a Organização
A AMPARAR é uma associação de amigos e familiares de presos e egressos do sistema prisional que se uniram para denunciar todas as violências que ocorrem contra as pessoas presas e suas famílias. A AMPARAR, portanto, surgiu a partir da organização de familiares de presos, que estavam cansados de sofrerem humilhações nos dias de visita e de verem seus filhos, maridos e irmãos sofrerem violências, falta de assistência médica e jurídica dentro das prisões.