Objetivos e público alvo
Realizar levantamento do número de indivíduos LGBT em situação de prostituição e de violação de direitos humanos, além atuar para melhorar a qualidade do atendimento em serviços oferecidos pelo poder público estadual e municipal em Santana, preparando os servidores para tratar os LGBTs como cidadãos com direitos legitimamente reconhecidos.
Atividades Principais
- Atividades de formação com 40 trabalhadores da área de assistência social com foco em enfrentamento à homofobia
- Formação sobre direitos e fiscalização para 160 ativistas LGBTs
Contexto
Situada na foz do Rio Amazonas e no Sudoeste do Amapá, na confluência do Rio Matapí com o Rio Amazonas e distante 18 km do município de Macapá (Capital do Estado), Santana destaca-se pelo intenso tráfego de embarcações de carga e de passageiros. Tal contexto traz consigo situações de extremo risco social e pessoal para a população. Na paisagem da área portuária, local de maior movimentação, é comum assistir a indivíduos fazendo uso de drogas ou prostituindo-se. Como o Amapá faz fronteira com a Guiana Francesa, Santana – bem como Oiapoque – estão na rota do tráfico de pessoas.
Sobre a Organização
A missão da AGLTS é promover o acesso dos homossexuais a atendimentos social, psicológico e jurídico; prestar assessoria a entidades e grupos, nos assuntos de interesses dos LGBTs; apoiar outras organizações assistenciais que ajudem pacientes com HIV/Aids/DST; propor, discutir e contribuir com a formulação de políticas públicas e ações afirmativas municipais, estaduais e federais; e estimular projetos sociais voltados a educação, saúde, esporte e lazer.
Desde sua fundação, em 2003, a AGLTS promove o estilo de viver dos homossexuais em eventos como o “Queimadão”, com shows artísticos, concurso de beleza gay, festas, passeios e torneios. Desenvolve ainda ações voltadas à divulgação da cultura LGBT e promoção da cidadania, por meio de palestras, oficinas, seminários, conferências e cursos de capacitação.
Parcerias
Departamento de DST/Aids, que vai ceder preservativos a serem distribuídos nos eventos
Casa Brasil, que cederá o espaço físico para os encontros e oficinas
Resultados
O grupo indentificou e mobilizou instituições que atuam na área da assistência social, além de quantificar a população LGBT do município em situações de prostituição e violação aos direitos humanos. Foram feitas oficinas de capacitação para o enfrentamento à homofobia de acordo com o planejamento inicial e, no encerramento das atividades, o seminário para discussão e fortalecimento de políticas públicas para a população LGBT do município. Durante os trabalhos, os próprios participantes das atividades indicaram a necessidade de se ampliar o foco em atendimento à saúde, onde é mais recorrente o preconceito.