Objetivos e público alvo
Promover a organização e formação das/os militantes LGBTs da Reforma Agrária Popular do Paraná. Estimular o respeito à vida, à humanidade e à diversidade, fortalecendo o protagonismo das mulheres e das LGBTs no campo e contribuindo com a superação da LGBTfobia, do machismo e qualquer outra forma de preconceito.
Contexto
Atualmente enfrentamos diferentes expressões da violência, que se materializa nos corpos não reconhecidos pela normatização, projetadas por uma sociedade dominada por homens cis, brancos e burgueses. O Brasil é o país que mais mata LGBTs no mundo; segundo o GGB (Grupo Gay da Bahia), só em 2019 foram registradas 141 mortes. Desde 2011, a capital Curitiba já teve 28 mortes por LGBTfobia, e um total de 94 no estado do Paraná. Este problema também se estende às áreas de Reforma Agrária, adicionando-se a especificidade que estas/es sujeitas/os são obrigadas a migrar para áreas urbanas, a fim de viverem com mais liberdade seu gênero e sexualidade. São problemas comuns a essa população violações, discriminações, problemas psicológicos e até suicídio.
Sobre a Organização
A Associação de Trabalhadores na Educação e Produção em Agroecologia Milton Santos (ATEMIS) foi fundada em janeiro de 2007 como uma associação sem fins lucrativos, composta por agricultoras e agricultores familiares, educadoras e educadores e estudantes do campo do Paraná. A ATEMIS é mantenedora da Escola Milton Santos de Agroecologia (EMS), que já desenvolveu atividades de formação em agroecologia com diferentes turmas do Ensino Médio integrado, Ensino Técnico e Proeja, e uma turma de graduação em Pedagogia do Campo em parceria com os movimentos sociais e a Universidade Estadual de Maringá (UEM). O objetivo principal da ATEMIS é desenvolver uma proposta de educação do campo associada à agroecologia com intuito de estimular o desenvolvimento comunitário, cultural, agrícola, o desenvolvimento sustentável e de saúde popular. O grupo visa compreender e desenvolver ações que fortaleçam o convívio social, para possibilitar a construção de novas relações dentro de um processo de emancipação humana e da vida.