Objetivos e público alvo
A proposta pretendeu das visibilidade à luta de um povo tradicional que vive nas altas montanhas da Serra do Espinhaço por meio da mobilização de 35 comunidades que lutam pela criação de Reservas Extrativistas – cerca de 2,7 mil famílias. O documentário alcançará outras comunidades em luta por direitos territoriais.
Atividades Principais
- Atividades de formação
- Produção de documentário
- Exibições do documentário
Contexto
Na região onde predominam cerrado e campos rupestres, os geraizeiros praticam o cultivo de roças diversificadas associadas com a coleta de frutos, plantas medicinais, flores silvestres e a criação de animais em áreas de uso comum. Essas comunidades remanescentes levam seus produtos para os mercados em tropas de burro, uma vez que vivem em locais onde o acesso de outros meios de transporte ainda é extremamente precário.
Os territórios destas comunidades tradicionais foram parcialmente expropriados entre as décadas de 1970 e 1980, quando o governo de Minas Gerais e a União arrendaram extensas áreas de terras para empresas de reflorestamento de eucalipto. A partir dos anos 2000, duas novas frentes se apossam de seus territórios: empresas mineradoras e parques estaduais.
Sobre a Organização
A atuação da AFTRAJ concentra-se na preservação do modo de vida do povo geraizeiro, que vive na Serra do Espinhaço, extremo norte de Minas Gerais. A missão é defender os direitos econômicos, sociais e culturais dos associados e fomentar as atividades agropecuárias e extrativistas. Criada em dezembro de 2005, a associação teve como atividade inicial o apoio ao beneficiamento da cana para produção de rapadura e açúcar mascavo e ao extrativismo de frutas do cerrado. Em 2006, passou a apoiar a luta das comunidades para criação de uma Reserva Extrativista nos municípios de Montezuma, Vargem Grande do Rio Pardo e Rio Pardo de Minas.
Parcerias
Cooperativa Agroextrativista Grande Sertão
Comissão Regional de Povos e Comunidades Tradicionais
Resultados
Conforme proposta inicial, o grupo produziu e exibiu o documentário Romaria do Areião, sobre o tema das reservas extrativistas, que teve 880 cópias distribuídas em oito eventos. Integrantes do AFTRAJ participaram de encontros, reuniões e seminários, inclusive nas comunidades interessadas e com representante do ICMBio para debater os limites das reservas reivindicadas. Houve ainda a participação de três integrantes do grupo em curso de formação de monitores em agroecologia.