Objetivos e público alvo
Realizar o II Fórum de Lideranças da TI Yanomami, maior instância decisória do território, de onde sairão propostas para preservar a integridade física das terras, além de promover alternativas econômicas sustentáveis que respeitem a cultura, os modos tradicionais de produção e o manejo dos recursos naturais
Contexto
Até 2018, a estimativa da SEDUUME e Hutukara, e também da Funai, era de que havia cerca de 5 mil garimpeiros na TI Yanomami. Em 2019, esse número subiu para cerca de 20 mil. A atividade de garimpo em terra indígena é ilegal e tem muito impacto na vida das comunidades. O Governo, porém, tem demonstrado seu interesse econômico sobre as terras indígenas, muitas vezes falando da terra Yanomami, e assinou recentemente o PL 191/2020 para promover todo tipo de atividade de exploração econômica nas terras indígenas, inclusive garimpo e mineração, violando gravemente os direitos indígenas. Para enfrentar esse problema, da invasão garimpeira e da falta de informação dos não indígenas sobre as aldeias, é necessário manter os povos informados sobre as propostas da atual conjuntura política e construir um posicionamento de defesa.
Sobre a Organização
Foi criada em 2006 para ser uma ponte de diálogo com as organizações dos brancos e organizar a luta contra as ameaças ao território indígena, como o garimpo na TI Yanomami. Nos últimos anos, muitas parcerias foram construídas com organizações indígenas de Roraima, especialmente com Hutukara e CIR, e com organizações não indígenas, como o ISA, o Museu do Índio, a UFMG e a UFRR. A SEDUUME participou da elaboração do Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) e do Protocolo de Consulta da TI Yanomami, com todas as associações Yanomami, para garantir a integridade do território.