Auto-organização de Mulheres Negras de Sergipe Rejane Maria
Mulheres Negras Sergipanas Movendo Estruturas
Sergipe
Objetivos e público prioritário
Promover a troca de experiências entre mulheres negras sergipanas de vários segmentos sociais, estimulando-as a refletir e debater sobre a complementaridade de suas lutas e estabelecer redes de solidariedade para a atuação nas instituições e nos movimentos. Criar conexões com grupos de mulheres de diversas realidades, principalmente trabalhadoras urbanas e mulheres de povos e comunidades tradicionais. Funcionar como um espaço circular de partilha de experiências, transmissão de conhecimentos, empoderamento, formação política e acolhimento para mulheres negras trabalhadoras urbanas sem teto.
Atividades principais
- Roda de conversa “Ginecologia Natural e Educação Sexual”;
- Roda Sagrado Feminino Negro;
- Roda de Conversa sobre racismo, machismo e Saúde Mental;
- Oficina de Crochê Moderno;
- Oficina sobre Direitos das Mulheres, Direito à Habitação, Políticas Públicas e Formas de Organização;
- Clube de Leitura “Lendo Mulheres Negras”.
Contexto
As mulheres negras são apontadas por diversos estudos como grupo mais suscetível a situações de vulnerabilidade socioeconômica. Entre os pontos que reforçam essa informação está a dificuldade que muitas dessas mulheres encontram para ter acesso ao direito à moradia digna. São mais de 6,9 milhões de famílias sem casa no Brasil. Em Sergipe, a maior parte das famílias sem teto é chefiada por mulheres negras de baixa renda, que carecem de apoio para cuidar de seus filhos, de si mesmas, de suas casas e de sua comunidade.
Sobre a organização
A Auto-Organização de Mulheres Negras de Sergipe Rejane Maria surgiu em 2014 por conta dos anseios de mulheres com realidades diversas, inconformadas com a ausência de espaços onde pudessem refletir sobre questões relacionadas ao universo feminino e a suas demandas sociais. O coletivo nasceu inspirado pela luta e história de Rejane Maria Pureza do Rosário, mulher negra nascida em Aracaju, militante que durante toda a vida dedicou-se à cultura e religiosidade negras e foi uma das fundadoras do Grupo ABAÔ de Capoeira Angolano. O grupo promove trabalhos de base em comunidades periféricas, ações com a juventude nas escolas; e, articulado com outros movimentos sociais, dialoga com órgãos e instituições sobre a condição das mulheres negras sergipanas.
Parcerias
Rede de Mulheres Negras do Nordeste
Fórum de Entidades Negras de Sergipe
Conselho Municipal da Igualdade Racial de Aracaju.
Coletivo Crespas e Cacheadas
Sociedade Omolayê
União de Negros Pela igualdade (Unegro)
Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígfenas da universidade Federal de Sergipe (Neabi/UFS)
Grupo ABAÔ de Capoeira Angolano
Linha de Apoio
Edital Anual
Ano
2019
Valor doado
R$ 39.500,00
Duração
5 meses
Temática principal
Direitos das mulheres