Objetivos e público alvo
Oferecer informações sobre exploração do trabalho infantil, legislação brasileira, direitos das mulheres, direitos das crianças e adolescentes, perigos presentes nas oficinas de costura, para prevenir acidentes com crianças, em linguagem fácil e acessível, para a população migrante presente nas oficinas de costura. Para isso será aplicada a técnica da gamificação, com a utilização de jogos lúdicos em dinâmicas.
Atividades Principais
- Construção de metodologia em conjunto com a Fast Food da Política;
- Confecção dos jogos, manuais e cartilhas que serão utilizadas durante as atividades;
- Capacitação das Multiplicadoras para ação;
- Inclusão das metodologias criadas no site da Fast Food da Política;
- Inclusão das atividades do projeto no cronograma das rodas de conversa;
- Rodas de conversa com o objetivo de oferecer suporte e fortalecer a segurança e confiança das multiplicadoras nesse processo;
- Acompanhamento e monitoramento das ações;
- Avaliação final do projeto.
Contexto
Há alguns anos, as condições de subemprego e trabalho análogo à escravidão associadas à indústria mundial da moda vem sendo expostas. Na extremidade oposta às grandes marcas e lojas de grife, encontram-se oficinas de costura terceirizadas e informais, que quase sempre são também o local de residência das costureiras. Nestes locais, as crianças são a parte mais vulnerável desta cadeia de produção e exploração. Os (as) costureiros (as) em sua quase maioria são imigrantes com pouca instrução e qualificação. Fugindo do ciclo perverso da fome e da falta de garantias básicas de cidadania, prestam-se ao trabalho em quaisquer condições. Desconhecedores da legislação brasileira, especialmente a trabalhista e também do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, trabalham em regime análogo à escravidão, com jornadas exaustivas e sem condições de segurança no trabalho. Fator ainda mais grave, é a exposição e manutenção dos filhos nestes ambientes, em flagrante descumprimento aos mínimos estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos das Crianças e no ECA, que são desconhecidos por estes pais e mães.
Sobre a Organização
Criado em 2005, o CAMI (Centro de Pastoral e Apoio a Migrantes e Refugiados) é uma ONG que atua na promoção e proteção de direitos humanos fundamentais, igualdade de gênero, integração social, prevenção do trabalho escravo e tráfico de pessoas. Visa a inclusão social, econômica, política e cultural de migrantes e refugiados com o objetivo de construir um mundo onde a pessoa humana seja uma prioridade, mulheres não sejam expostas a nenhum tipo de violência de gênero e crianças tenham seus direitos assegurados. Os valores que norteiam a atuação do CAMI são a busca de equidade e justiça social, assegurando o acesso universal a bens e serviços relacionados a programas e políticas sociais, a fim de eliminar formas de preconceito e exploração, incentivando o respeito à diversidade multicultural, para que o multiculturalismo e as culturas étnicas não causem desprezo ou exploração dos grupos socialmente discriminados.
Parcerias
Fórum Social Mundial das Migrações (FSMM)
Marcha do Imigrantes
Comitê Interinstitucional de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas
Grupo de Educação para a Diversidade Étnico Cultural e Racial
Conselho Municipal de Imigrantes (Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania/Prefeitura SP)
Comissão Municipal de Erradicação do Trabalho Escravo – COMTRAE (Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania/Prefeitura SP)
Comitê Estadual de Migração e Refúgio – CER (Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo)
Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo – COETRAE (Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo)
Comitê Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas – CONATRAP (Ministério da Justiça e Segurança Pública)
