Objetivos e público alvo
Fortalecimento e reconexão da rede de parceiros estratégicos no abolicionismo penal para a ampliação dos trabalhos e implementação da “REDE TRANSAMAZÔNICA DE JUSTIÇA CRIMINAL E DIREITOS HUMANOS” para atuação prioritária nas mudanças de paradigmas da prisão provisória e seus reflexos no sistema penal e na sociedade.
Contexto
A região Transamazônica é composta por uma parcela considerável de ruralistas, brancos e ricos que dominam o comércio e as mídias locais e regionais. Foram mais de 60% de votos ao presidente eleito. Após a implantação da Usina de Belo Monte, o advento das facções criminosas e milícias chegou até as comunidades locais, o que gerou uma superlotação dos presídios, por meio do encarceramento em massa, majoritariamente de pessoas negras e não-brancas, que culminaram em duas rebeliões e na construção de mais um presídio após a implantação do empreendimento energético. Assim, a conjuntura posta torna imperativo o debate e intervenção social neste cenário carcerário que, por vezes é invisibilizado em detrimento de outras pautas consideradas “urgentes”, o que impediu, até hoje, o alcance da visibilidade e abrangência necessária a esta pauta.
Sobre a Organização
O Centro de Formação do (a) Negro (a) da Transamazônica e Xingu desenvolve ações de incidência política, formação e advocacy, para e com a população negra do campo e cidade, dos rios, florestas e das periferias urbanas da região da Transamazônica. Atua principalmente enfrentando e combate ao racismo estrutural e sistêmico que se desenrola em cenários de encarceramento em massa, extermínio negro, desapropriação indevida do território e rompimento das relações de memória e pertença da população.