Objetivos e público alvo
Ofertar curso de estratégias de segurança digital para ativistas lésbicas (cis e trans) de favelas do Rio de Janeiro; conceder curso de Educação em Direitos para Defensores de direitos humanos LBT de favelas; destinar apoio psicológico em grupo para os integrantes da coletiva.
Contexto
As ameaças às lesboativistas faveladas vêm de muitas direções. Do Estado que sistematicamente submete corpos de lésbicas faveladas à violência de Estado. Das relações familiares que insistem em terapias de cura contra corpos de lésbicas, muitas vezes se utilizando do afeto que essas mulheres têm por suas famílias, de suas inseguranças afetivas e de sua falta de rede de apoio para interferir no ciclo de violências. Ressaltamos ainda as violências institucionais que vão, desde equipamentos públicos a grupos da sociedade civil que dizem trabalhar com mulheres e suas liberdades, mas agem de modo lesbofóbico isolando lésbicas e tornando mais difícil seus modos de se organizar.
Sobre a Organização
A coletiva nasceu em 29 de agosto de 2016, no Complexo da Maré, fundada por cinco lésbicas mareenses. Nos dedicamos à formação política de base, à produção de autocuidado de nossas atendidas e produção de dados sobre as necessidades da nossa população. Assim, elaboramos sempre ações e projetos que incidam sobre questões que nos chegam como demanda recorrente. Desde nossa fundação, o grupo vem articulando lideranças lésbicas e de mulheres bissexuais faveladas de modo a criarmos uma grande rede de apoio para mulheres faveladas e agora pensamos que é necessário fortalecer esse espaço político.