Objetivos e público alvo
Fortalecer a atuação política de sobreviventes do sistema carcerário do Amazonas, bem como de seus familiares, com ações que envolvem encontros, apoio jurídico e psicológico, uma iniciativa para acesso à renda, divulgação de informações úteis, denúncias e garantia de participação em reuniões com órgãos de controle.
Contexto
Com a chegada da Polícia Militar à administração penitenciária, em 2017, as condições pioraram muito. Hoje, a maioria das pessoas presas passa 22 horas trancada em celas superlotadas e é submetida a violências cotidianas. As entregas de mantimentos foram suspensas. Estar preso virou um sofrimento extremo e, quando saem, as pessoas estão muito adoecidas física e mentalmente. Por fim, entendemos que a experiência de sobreviventes em geral é diversa. Sobreviventes são pessoas indígenas, negras e, ainda, pessoas não brancas que no Amazonas não se identificam com nenhuma dessas categorias, mas são descendentes da escravidão negra e indígena. São também mulheres e homens LGBTQIA+, com famílias na capital e/ou no interior do estado, com ensino médio completo ou analfabetas, são mais velhas ou mais jovens. Essas diferenças envolvem uma diversidade de experiências, sofrimentos e lutas.
Sobre a Organização
O Coletivo de Familiares e Amigos de Presos e Presas do Amazonas foi fundado em junho de 2019, logo após o massacre de 26 de maio, ocorrido em quatro unidades prisionais de Manaus. Desde então, passamos a ocupar espaços públicos, como manifestações nas ruas e reuniões com instituições do sistema de justiça, apresentando denúncias e propostas. Hoje somos reconhecidas por pessoas presas, sobreviventes e familiares como uma referência na luta por direitos humanos no Amazonas.