Objetivos e público alvo
O projeto que pretende-se desenvolver, é voltado para pessoas presas, egressas e suas familiares, a fim de fiscalizar os processos de trabalho dentro do cárcere e pressionar órgãos de justiça, para dignidade do trabalho nesses espaços. Outro objetivo é promover a articulação para construção da Rede de Atenção às Pessoas Egressas do Sistema Prisional (RAESP) para inserção no mercado de trabalho e o fomento de cursos profissionalizantes de renda autônoma.
Contexto
A condição da mulher na sociedade também se reflete no cárcere. O encarceramento é reflexo das desigualdades de gênero dentro e fora dos muros da prisão. Na saída do cárcere, as mulheres se veem reféns da falta de oportunidades, seja por ser egressa do sistema ou por ser familiar de uma pessoa presa. A vulnerabilidade social e feminização da pobreza vem definindo a vida de muitas mulheres que são marcadas de alguma forma pelo cárcere. O estigma do encarceramento se estende até a mulheres que, apesar de não terem cometido crimes, são criminalizadas igualmente, e a maior forma de punição que enfrentam está na falta de acesso a renda, bens materiais, a possibilidade de ascender financeiramente e a segurança alimentar.
Sobre a Organização
O Coletivo de Familiares e Amigos de Presos e Presas do Amazonas foi fundado em junho de 2019, logo após o massacre de 26 de maio, ocorrido em quatro unidades prisionais de Manaus. Desde então, ocupa espaços públicos, por meio de manifestações nas ruas e reuniões com instituições do sistema de justiça, apresentando denúncias, demandas por informações e propostas. O Coletivo de Familiares e Amigos de Presos e Presas do Amazonas tem como missão lutar contra as violações de direitos e o sofrimento vivenciados por pessoas presas, sobreviventes do cárcere e familiares e pela construção de um mundo sem prisões.