Objetivos e público alvo
Tem como objetivos estratégicos a luta por trabalho digno para superação do trabalho precário no polo e promoção de direitos trabalhistas e sociais das costureiras; a promoção do debate e defesa de direitos das mulheres e promoção de equidade de gênero no Polo; o incentivo à inclusão produtiva por meio do empoderamento econômico das costureiras informais e o estímulo à moda sustentável para repensar as práticas de produção e consumo em larga escala no Polo que geram trabalho degradante e desigualdades de classe, raça e gênero.
Contexto
As costureiras do Polo vivenciam um contexto de desigualdades de classe, raça e gênero que são acentuadas pelo elevado grau de informalidade da categoria. Não há organizações focadas nas questões socioeconômicas do Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco e a produção das trabalhadoras é feita de forma predominante em suas próprias casas, estabelecendo-se, assim, relações de trabalho sem vínculos contratuais e com fornecedores informais, além da prática da subcontratação de costureiras informais.
Sobre a Organização
O Coletivo Mulheres do Polo surgiu no início da pandemia em março de 2020, na cidade de Santa Cruz do Capibaribe, Pernambuco, cidade que compõe o Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco. Seu surgimento visou oferecer apoio para as costureiras informais que ficaram sem trabalho e renda em função do fechamento das feiras devido às medidas de isolamento social impostas pela pandemia. O coletivo surge também para a promoção do debate sobre a necessidade de se promover trabalho digno nesse contexto marcado pela alta informalidade e trabalho precário. Dessa forma, foi considerando a situação de vulnerabilidade socioeconômica que as costureiras informais do Polo vivenciam e a necessidade de intervenção que o coletivo foi constituído: para ser um espaço de rede e de luta.