Coletivo Ponta de Lança

Promover encontros com a equipe de produtores para a construção do Plano de Comunicação da Rede Braba e realizar encontros com a equipe de produtores para a construção do Plano Organizacional, a fim de fomentar encontros mobilizadores nas localidades onde atuam os defensores para a difusão de uma plataforma de comunicação Rede Braba. Logo após, promover oficinas formativas para instrumentalizar as lideranças no acesso aos mecanismos de comunicação direta com a equipe técnica da plataforma.

Os bairros e as comunidades que integram a cidade de Manaus são majoritariamente constituídos a partir de ocupações irregulares e se organizam sobretudo através de associações de moradores, com a ausência de mecanismos que articulem estas lideranças defensoras de direitos em suas localidades de incidência. Estes territórios se apresentam como espaços de disputa política e ideológica, com o massivo aumento da presença neopentecostal, de grupos paramilitares e facções criminosas. Nesse sentido, o trabalho nos processos de comunicação popular, como do Coletivo Ponta de Lança, tem se demonstrado eficaz, assumindo a dimensão de contra narrativa aos discursos hegemônicos e abrindo caminho para a construção de outras leituras sobre a realidade local, além de também cumprir um papel formativo.

O Coletivo Ponta de Lança foi fundado no ano de 2018 e conta histórias, por meio de produções audiovisuais, que representam com precisão como é a vida nas periferias da região amazônica. Ele foi criado por jovens mulheres negras moradoras de bairros periféricos de Manaus que adentraram à universidade pública, através das políticas afirmativas e que, diante das relações de alteridades, sentiram a urgência de se auto-organizarem para construir efetivos processos de (re)conexão com as suas periferias de origem.