Objetivos e público alvo
Com foco em fortalecimento institucional, o projeto visa regulamentar CNPJs e melhorar a comunicação digital. Planeja-se investir em estrutura administrativa e jurídica, promover formações sobre direitos sexuais e trabalhistas, e produzir conteúdo audiovisual. Iniciativas incluem uma comissão de assuntos étnico-raciais, liderada por mulheres negras, e eventos culturais e políticos. Destinado a ativistas ligados ao trabalho sexual, o projeto busca também a formação de novas lideranças e documentar a história do movimento online.
Contexto
Historicamente, as lideranças na luta pelos direitos das trabalhadoras do sexo têm sido predominantemente mulheres brancas, com maior reconhecimento e aceitação no movimento feminista. Em um contexto de racismo estrutural, esta tendência se reflete também nas posições de liderança no Coletivo e movimento de prostitutas, onde mulheres brancas ocupam a maioria dos cargos. O Coletivo Puta Davida enfrenta desafios significativos, incluindo a perseguição e ameaça a lideranças sociais, especialmente mulheres e pessoas trans negras e indígenas, trabalhadoras sexuais. Além disso, há o risco de enfrentar racismo e resistência, tanto internamente nos movimentos quanto externamente. Desenvolver estratégias eficazes de comunicação e segurança é essencial para o Coletivo poder continuar seu trabalho e crescimento sem que esses riscos se intensifiquem.
Sobre a Organização
Fundada em 1992 por Gabriela Silva Leite, a ONG Davida, agora Coletivo Puta Davida, defende os direitos das trabalhadoras do sexo no Brasil. Com foco em direitos trabalhistas e humanos, o Coletivo oferece apoio jurídico, saúde e educação, preserva a história do movimento e organiza eventos culturais. Visa combater o estigma e promover a distinção entre trabalho sexual consensual e exploração.