Objetivos e público alvo
Compor um grupo de trabalho por meio da mobilização de jovens das mais diversas matizes (juventude negra, indígena, cigana, de terreiro, católica, evangélica, espírita, feminista, sem terra, estudantil, hip hop, etc) para reunir os casos de vítimas de violência institucional letal e não-letal, de espetacularização da sua vulnerabilidade, de ofensa moral, à honra e à imagem e de inércia estatal. Reunir esses grupos representativos para, com o apoio de uma assessoria jurídica, identificar fundamentos teóricos, estatísticos e casos emblemáticos da violência estatal juvenil, resgatar o histórico, analisar os julgamentos e a legislação aplicada, apresentar recomendações e publicar todos os resultados na obra “Violência contra a juventude em Sergipe: Aspectos relevantes, casos e recomendações”.
Atividades Principais
- Mobilização da juventude.
- Consolidação do grupo de trabalho.
- Início das atividades do grupo de trabalho.
- Assessoria jurídica.
- Seminário de lançamento do livro “Violência contra a juventude em Sergipe: aspectos relevantes, casos e recomendações”.
Contexto
Em 22 de março de 2008, após uma megaoperação, o adolescente “Pipita”, de 17 anos, acusado de crimes pelo estado, foi morto pela polícia com três tiros no peito. Sergipe, estado citado tanto na Anistia Internacional como na CPI dos Grupos de Extermínio, mais uma vez apresenta ao país como solução a morte de um suposto infrator. A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa denunciou em 4 de abril de 2013 a existência de um grupo de extermínio que matou cerca de 17 jovens no município de Poço Verde. Em escolas do município eram afixadas listas contendo os nomes dos jovens jurados de morte que posteriormente apareciam mortos. O jovem David Phelipe, 17 anos, foi assassinado no dia 12 de março de 2014 em uma abordagem policial no Parque dos Faróis, município de Nossa Senhora do Socorro. No Centro de Atendimento ao Menor (Cenam), adolescentes foram torturados pelos agentes em 17 de setembro de 2014 durante uma rebelião. No estado, o número de homicídios entre os anos de 2002/2012 teve um crescimento muito maior do que o nacional, ficando em 61%. A capital, Aracaju, é responsável por 36% dos homicídios no estado.
Sobre a Organização
A comunidade Ojú Ifá desenvolve projetos, promove atividades e busca parceiros na tentativa de enfrentar os problemas que atingem a juventude negra em todos os seus aspectos e especificidades. Atua para proporcionar às comunidades e aos povos tradicionais de matriz africana o desenvolvimento de atividades sociais, culturais e educacionais que promovam ações de combate ao racismo a diversidade religiosa e quaisquer outras formas de preconceito.
Parcerias
Projeto Oxê.
CENARAB.
CONEN.
OAB.
Sindipetro.