Objetivos e público alvo
O projeto propõe aplicar, consolidar e ampliar as estratégias e incidências para a redução de encarceramento de mulheres, em especial de mulheres negras, em âmbito local, nacional e regional, através dos eixos de promoção de justiça racial, social e reprodutiva.
Contexto
O Brasil enfrenta situação de violações e violências históricas contra mulheres negras (trans e cis). Nos últimos anos, a tecnologia de punir do Estado Penal vem ampliando suas ferramentas punitivas e de criminalização sobre estas vidas. Tal sistemática de punição não recai somente sobre a vida das mulheres encarceradas, mas também de suas famílias e comunidades (punição antecipada e ramificada). Além disto, o superencarceramento de mulheres negras reproduz e aplica o discurso eugênico com bases morais e pseudocientíficas alocando-as também como inimigas pelo Estado Penal. Neste período de ações, o Criola visa ação coordenada com atores e atrizes do campo aprofundando as recomendações e estratégias pensadas entre 2018 e 2019, em sede de projeto temático e da Agenda Nacional, sobre a construção de políticas públicas, de normativa de direitos e alternativas penais para a redução do encarceramento provisório de mulheres.
Sobre a Organização
Criola é uma organização da sociedade civil, fundada e conduzida por mulheres negras desde o ano de 1992. Criada para enfrentar o racismo patriarcal, que ainda gera graves violações dos direitos das mulheres negras, além da grave desigualdade racial, tem como missão instrumentalizar as mulheres negras – jovens e adultas, cis e trans – para o enfrentamento ao racismo, sexismo, lesbofobia e transfobia. E ainda para atuar nos espaços públicos, na defesa e ampliação dos seus direitos, da democracia, da justiça e pelo bem viver.