Objetivos e público alvo
Construir e manter uma plataforma colaborativa online destinada a acolher denúncias de jovens vítimas de violência policial e ao levantamento e sistematização de dados e informações sobre o fenômeno. Produzir, também de forma colaborativa, um dossiê que terá como objetivo orientar a definição de agenda de ações estratégicas e de incidência política. O foco de atuação será a Região Metropolitana de Belo Horizonte, envolvendo jovens dos coletivos que compõem a rede do Fórum das Juventudes em todas as etapas.
Atividades Principais
- Apresentação do projeto aos coletivos da rede do Fórum das Juventudes;
- Composição das comissões de trabalho;
- Reuniões e oficina colaborativa para construção da plataforma que irá receber as denúncias;
- Evento para o lançamento da plataforma;
- Produção de dossiê contendo dados sistematizados, consolidados e analisados sobre as denúncias;
- Realização de ações estratégicas e de incidência política como formalização de denúncias junto a organismos internacionais de defesa dos Direitos Humanos;
- Produção de relatório final do projeto.
Contexto
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, entre 2015 e 2016, dos 5.896 boletins de ocorrência de mortes decorrentes de intervenções policiais, identificou-se que 76,2% das vítimas eram negras (excluídos os casos em que não havia identificação de raça/cor da vítima). Portanto, combater a violência policial é fundamental para o enfrentamento do genocídio da juventude negra e do racismo institucional que sustenta o atual modelo de segurança pública. Esse projeto buscará incidir sobre esse problema ao proporcionar aos jovens um canal facilitado e seguro de denúncias de violência policial.
Sobre a Organização
Desde 2004, o Fórum das Juventudes tem atuado junto à população jovem negra e periférica. Em 2012, a entidade elegeu como pauta principal o enfrentamento à violência contra as juventudes ao lançar a Agenda de Enfrentamento à Violência contra as Juventudes, que dá visibilidade ao tema, denuncia diferentes formas de violação dos direitos juvenis na Grande BH e reivindica políticas públicas para a superação do problema. Outra importante iniciativa foi a criação, em 2011, do projeto A Juventude Okupa a Cidade (Okupa). O Okupa, a Campanha e a Plataforma Juventudes contra Violência tornaram-se as ações estruturantes da rede, reunindo estratégias de formação, via Educação Popular, mobilização, comunicação e incidência política.
Parcerias
Associação Imagem Comunitária
Brigadas Populares
Internet Sem Fronteiras
Instituto de Promoção e Desenvolvimento Social Tucum
Observatório das Juventudes da UFMG
Oficina de Imagens
Instituto Macunaíma
Coletivo Na Raça, Batalha da Rocha
Coletivo Terra Firme
Coletivo Muda
Coletivo JDA
Coletivo Flores do Beco
Coletivo Nosso Sarau
Coletivo Mega Foco
Coletivo Pátria Livre
Coletivo ReJudes
Coletivo Valores de Minas
Coletivo TransLiterária
Movimento Minas diz Não à Redução da Maioridade Penal
Fórum Permanente do Socioeducativo de Belo Horizonte
Frente Mineira sobre Drogas e Direitos Humanos
Fórum Metropolitano de Educação de Jovens e Adultos (Fórum Metrô)
Fórum Nacional de Democratização da Comunicação – FNDC/MG
Observatório de Favelas (RJ/RJ)
Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Comunicadores e Comunicadoras (RENAJOC)
Viração Educomunicação – SP;
Diz aí – Enfrentamento ao Extermínio da Juventude Negra
Canal Futura
UNEafro-Brasil
Campanha Reaja ou será morto! Reaja ou será morta! (BA)
Campanha Eu pareço suspeito? (SP)
Campanha Juventude Marcada Para Viver (RJ)
Grupo de Advogadas Populares da Assessoria Popular Maria Felipa