Objetivos e público alvo
O projeto visa fortalecer a discussão sobre o tráfico interno e internacional de crianças, adolescentes e jovens, nas 12 cidades que sediarão a Copa do Mundo de 2014.
Serão produzidos e divulgados materiais informativos para a comunidade esportiva, treinadores de futebol, empresários, agentes e dirigentes de clubes e escolinhas de futebol sobre o direito ao esporte (seguro) e sobre formas de prevenção à exploração e o tráfico de crianças, adolescentes e jovens no esporte, bem como a criação de estratégias conjuntas de enfrentamento do problema, junto aos (as) jogadores (as).
Atividades Principais
- Criação/manutenção de plataforma online: a plataforma é o principal instrumento de interlocução com as 12 cidades que sediarão a Copa do Mundo. Por meio desta plataforma online a sociedade civil poderá intervir no desenvolvimento do projeto, apontar propostas de atuação, indicar meios e órgãos voltados para a temática do Tráfico de Pessoas, especialmente crianças, adolescentes e jovens. Além disto, a plataforma será um meio permanente de busca, pesquisa e troca de conhecimentos sobre o tema;
- Produção do material informativo: Serão elaboradas 10 mil cartilhas em material impresso e uma versão digital para difusão em todo o território nacional;
- Seminário temático estadual com transmissão web que trará a discussão e se desdobrará numa publicação virtual. Serão convidados: governo, sociedade civil, profissionais do esporte, Conselheiros Tutelares, Conselheiros de Direitos e todas as organizações interessadas na temática, com atuação na infância, juventude, esportes e direitos humanos.
Contexto
O Brasil é um dos países em que muitos homens, mulheres e crianças são submetidos a tráfico no país e no exterior. O problema é particularmente grave nas áreas rurais e nas cidades de mineração, resort turístico e ao longo das estradas. As regiões norte e nordeste são as principais áreas de tráfico sexual para o exterior devido aos altos níveis de pobreza, desemprego e turismo.
Nesse contexto, a Copa do Mundo criará um ambiente mais propício ao tráfico de crianças e adolescentes e para a exploração sexual, em função do turismo sexual, já comumente realizado no Brasil. Desta forma, o projeto proposto além de colaborar na prevenção de casos de tráfico de crianças e adolescentes, contribuirá de forma efetiva com a rede de atendimento evidenciando o serviço oferecido pelas entidades que atuam neste campo.
Sobre a Organização
O Fórum Popular Permanente de Defesa da Criança e do Adolescente – FDCA/ERJ é uma instância de representação da sociedade civil organizada do Estado do Rio de Janeiro, estruturado no sentido de promover a interação das forças dessa sociedade através da articulação de suas entidades não governamentais, e com a missão de promover e impulsionar a concretização dos direitos da infância e adolescência em todo Estado.
Parcerias
O Fórum é composto pela representação de diversas instituições e militantes dos direitos de Crianças e Adolescentes. O TRAMA é um consórcio formado pela Organização de Direitos Humanos Projeto Legal; CRIOLA; Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO) e o Instituto Brasileiro de Inovações em Saúde Social (IBISS), tendo como organização colaboradora a ACTERJ, Associação dos Conselheiros Tutelares do Estado do Rio de Janeiro, e técnicos e seus Conselheiros Tutelares do Rio de Janeiro.
Resultados
A organização conseguiu desenvolver mais oficinas do que propunha inicialmente. Isso ocorreu em decorrência da demanda por atividades neste tema, ainda desconhecido por grande parte da população brasileira. Um dos principais resultados do projeto desenvolvido foi a sensibilização dos grupos mais vulneráveis e de agentes estratégicos no mundo do esporte. Por meio de parcerias com instituições públicas e privadas, houve uma intensa distribuição da segunda edição da cartilha “Na Rede Certa” e também a divulgação do trabalho da organização.