Objetivos e público alvo
O projeto visa expandir a rede Axé Nilópolis a outros municípios, formando redes locais para compartilhar experiências. O foco é ampliar o engajamento comunitário com treinamentos presenciais e online sobre direitos e combate ao racismo, visando ao empoderamento. Em colaboração com a Superintendência de Igualdade Racial de Nilópolis, há planos para estabelecer um centro de apoio a vítimas de racismo e promover a cultura antirracista por meio de exposições, cursos e uma biblioteca, disponíveis para moradores de Nilópolis e regiões vizinhas.
Contexto
Em 2021, o Rio de Janeiro registrou 1.564 casos de intolerância religiosa, um aumento em relação aos anos de 2019 e 2020, conforme dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP-RJ) e da CPI da Intolerância Religiosa. Mais da metade desses casos, 52%, ocorreram na Baixada Fluminense. Esse aumento pode ser atribuído a várias causas: o desmonte de políticas públicas de Direitos Humanos e combate ao racismo religioso; a influência de lideranças neopentecostais nos governos locais, dificultando o acesso das comunidades tradicionais a políticas públicas; o sucateamento ou a não implementação de órgãos de igualdade racial, como ilustrado pela situação em Nilópolis, onde a superintendência de assuntos religiosos é dominada por pastores e a superintendência de igualdade racial opera com estrutura precária. Além disso, há uma falta de conhecimento nas comunidades sobre seus direitos e como acessá-los, deixando-as sem amparo adequado.
Sobre a Organização
O Coletivo sociocultural Omo Obá, fundado em 2017 por membros do Ilê Axé Omo Ogodo de Nilópolis–RJ, visa a difusão, preservação e defesa dos conceitos culturais presentes nas comunidades tradicionais de matriz africana. Sua atuação visa combater o racismo e a intolerância religiosa, estabelecendo redes colaborativas entre essas comunidades para oferecer formações sobre direitos sociais e participação social.