Objetivos e público alvo
Fortalecer as mulheres, incentivando-as, através de uma ação coletiva, a criar e articular uma rede de enfrentamento à violência contra a mulher na periferia da cidade do Recife, tendo o apito como instrumento de alerta e referência. Visibilizar a violência contra a mulher e estimular a denúncia das agressões sofridas. Possibilitar o reconhecimento dos espaços existentes de apoio às mulheres em situação de violência, como o Centro de Referência Clarice Lispector. Inicialmente serão envolvidas 50 mulheres das comunidades do Córrego do Euclides, Boqueirão, Alto Nossa Senhora de Fátima, José Bonifácio e Bomba do Hemetério.
Atividades Principais
- Articulação de organizações existentes nas comunidades envolvida.
- Oficinas sobre gênero, raça e etnia, direitos sexuais e reprodutivos, violência contra a mulher, Lei Maria da Penha e fala pública da mulher.
- Visitas aos equipamentos de apoio à mulher.
- Apitaço nas ruas.
- Lançamento de cartilha.
Contexto
O projeto Apitaço foi idealizado em 2003 como uma adaptação de experiências bem-sucedidas de denúncia da violência contra mulheres em diversos países sul-americanos. A ideia do apitaço é estimular a reação, por parte de outras mulheres e da comunidade, a ações de violência doméstica ou sexista no momento em que ocorrem, através do uso de apitos em frente ao local do crime, como forma de denúncia e constrangimento do agressor. Como resultado, constatou-se concretamente a diminuição dos casos de violência e o estímulo ao enfrentamento das agressões.
Sobre a Organização
Tem como missão defender os direitos humanos das mulheres, contribuindo para o seu fortalecimento e autonomia. Promove reuniões temáticas com mulheres sobre cidadania de idosas, jovens e lésbicas. A organização tem participação na Jornada Ampliada do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI e, com a Biblioteca Comunitária Maria Antônia, promove os encontros Filosofia dos Saberes e Videoteca da Cidadania. Organiza o Núcleo de Informática para Mulheres e o Núcleo de Autonomia Econômica – Cozinha Comunitária.
Parcerias
Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (integra).
Fórum de Mulheres de Pernambuco (coordenação).
Conselho Municipal da Mulher do Recife (integra).
Articulação de Mulheres Negras.
Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Cidadã do Recife.
Coordenadoria da Mulher de Recife.
SOS Corpo.
Resultados
Foram realizadas diversas oficinas e os temas abordados foram gênero, questão racial, direitos sexuais e direitos reprodutivos, feminismo, fala pública e Lei Maria da Penha. Também foi realizada a “Caminhada Recife diz não à violência contra a mulher”. Além disso, o projeto possibilitou a construção coletiva de uma cartilha, visitas aos serviços de apoio à mulher em situação de violência. Segundo a organização, os casos de violência contra a mulher diminuíram na região onde o projeto foi desenvolvido.