Objetivos e público alvo
O objetivo da campanha foi melhorar o acolhimento à mulher vítima de violência nos serviços competentes, orientar sobre encaminhamento de denúncias e a Lei Maria da Penha.
Atividades Principais
- Instalar tendas tamporárias de acolhimento junto às Delegacias da Mulher de Recife e Região Metropolitana
- Lançar cartazes, folders e camisetas para divulgar a campanha
- Produzir vídeo-síntese
- Sensibilizar grupo de 30 mulheres ativistas
Contexto
Apesar do incentivo social a que a mulher denuncie os episódios de violência que sofre, depois de um difícil processo de fortalecimento e encorajamento, ao chegar a uma delegacia ou serviço de saúde a mulher é submetida a uma vitimização dupla: a causada pelo agressor e a violência institucional. No período em que a campanha foi proposta, o Estado de Pernambuco registrava os maiores índices de mulheres assassinadas do país: 300 por ano, das quais 95% vítimas de agressões do próprio marido e pessoas próximas.
Sobre a Organização
Tem como missão defender os direitos humanos das mulheres, contribuindo para o seu fortalecimento e autonomia. Promove reuniões temáticas com mulheres sobre cidadania de idosas, jovens e lésbicas.
A organização tem participação na Jornada Ampliada do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI e, com a Biblioteca Comunitária Maria Antônia, promove os encontros Filosofia dos Saberes e Videoteca da Cidadania. Organiza o Núcleo de Informática para Mulheres e o Núcleo de Autonomia Econômica – Cozinha Comunitária.
Parcerias
Articulação de Mulheres Negras
Conselho Estadual de Políticas para as Mulheres
Conselho Municipal da Criança e do Adolescente
Conselho Municipal da Mulher do Recife
Fórum de Mulheres de Pernambuco
Projeto Apitaço
Resultados
A campanha envolveu a sociedade na reflexão sobre os serviços de atendimento à mulher em situação de violência. Também ampliou a compreensão sobre a rota crítica que a mulher deve percorrer, onde esbarra em falta de equipamentos sociais para sua acolhida e atendimento, e sobre a importância dessa rede de apoio. O reconhecimento veio por meio da visita de 326 mulheres que passaram pelas tendas para buscar informações sobre a iniciativa e as possibilidade de envolvimento. Ocorreram ainda depoimentos públicos na imprensa sobre a necessidade de criação dos espaços de escuta solidária às mulheres dentro das delegacias.