Grupo Transas do Corpo – Ações educativas em gênero, saúde e sexualidade
Circuito da Diversidade na Escola pelo Combate à Opressão - pelo direito à liberdade de expressão política, étnica, estética, de gênero e de orientação sexual
Goiás
Objetivos e público prioritário
Construir espaços de diálogos e trocas de experiências em escolas públicas entre jovens e adultos sobre os tipos de violências e os avanços dos direitos humanos, assim como a criação de intervenções lúdicas, estéticas, coletivas, críticas e empoderadoras por meio dos jogos e técnicas do teatro do oprimido e das oprimidas. Objetiva-se também estimular o uso da arte como ferramenta política entre secundaristas no combate à violência institucional presente no estado de Goiás e fortalecer as escolas públicas enquanto instituições formativas de combate à violência doméstica, racial e institucional a tornando espaço de escuta e acolhimento.
Atividades principais
Artes integradas a partir da aplicação do Teatro das Oprimidas.
Exibição de vídeos produzidos por mulheres que agem no combate à violência de gênero.
Teatro-Jornal: percepção crítica do papel da mídia.
Escrita de si.
Des-mecanizar – mostra aberta à comunidade.
Contexto
Em Goiás há uma espécie de contrarreforma conservadora que combina vários fatores: o extermínio da população negra; a militarização e/ou terceirização das escolas estaduais; a retirada do ensino para a diversidade sexual e de gênero do plano de diretrizes educacionais; o avanço da propaganda misógina por setores mais conservadores da igreja e da mídia. Desde dezembro de 2013, Goiânia assiste também a emergência de grupos de jovens secundaristas que ocupam, protestam, vão às ruas, mas são ilegalmente violentados por políticas autoritárias, discriminatórias e silenciadoras por parte do Estado. Apenas em fevereiro de 2016 mais de 50 jovens foram presos e presas e libertados em menos de uma semana por falta de provas nas acusações. Dezenas de escolas estaduais foram ocupadas no Estado, trazendo à tona a voz desta juventude insatisfeita com os rumos políticos e ávida pelo debate, pela expressão, pelo direito à voz, à organização e manifestação e por uma formação condizente com suas realidades. Diante desse cenário de violência e repressão institucional, fortemente reforçado e alimentado pelos aparelhos midiáticos, percebe-se a demanda pelo fortalecimento da rede de estudantes secundaristas em Goiás e pela construção de novas estratégias de luta, pautadas na preservação da integridade física, na viabilização de sua escuta (expressão) e que alcance de forma eficaz novas camadas da sociedade. A arte emerge como possibilidade, incluindo enfrentamento e subversão.
Sobre a organização
O Grupo Transas do Corpo desenvolve estratégias para redução das desigualdades de gênero por meio de ações educativas, culturais e de pesquisa inspiradas nos princípios feministas de igualdade, pluralidade e solidariedade. Tem como princípio o combate a toda forma de opressão e o respeito às diferenças de classe, raça/cor, etnia, sexo, geração (idade), orientação sexual, manifestações religiosas e políticas, etc.
Parcerias
Rede Madalenas Internacional.
Tramas & Redes.
Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB).
Fórum Goiano de Mulheres e Rede Feminista de Goiás.
Coletiva Feminista.
Batuque Feminista.
Rede de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de Goiás.
Secundaristas em Luta.
Resultados
Foram realizadas formações artísticas e políticas em escolas públicas; mostras de artes sobre a diversidade; registros audiovisuais das atividades; produção de postais para a divulgação das cenas criadas e sistematização metodológica para compartilhar a experiência.
Linha de Apoio
Edital Anual
Ano
2016
Valor doado
R$ 40 mil
Duração
12 meses
Temática principal
Direito à livre expressão, organização e manifestação