Júlia Rohden Ramos
Avá-Guarani: território em disputa
Paraná
Objetivos e público prioritário
Retratar o conflito de terra com produtores rurais e a negligência do Estado em relação aos indígenas da etnia Avá-Guarani nos municípios de Guaíra e Terra Roxa, no extremo oeste do Paraná (fronteira com Mato Grosso do Sul e Paraguai).
Atividades principais
- Pré-apuração das informações;
- Entrevistas com lideranças indígenas, defensores de direitos humanos, indigenistas e representantes do Estado;
- Pesquisas em documentos;
- Divulgação da reportagem no site “Brasil de Fato”, no jornal “Brasil de Fato Paraná” e revistas com o material editado para os Guarani;
- Distribuição da reportagem por mailing.
Contexto
Confinados em pequenos espaços de terra, entre rodovias e plantações de soja nas regiões de Guaíra e Terra Roxa, no Paraná, os Avá-Guarani são vítimas de preconceito por parte da população e das autoridades locais. São acusados de serem “invasores” e “paraguaios” interessados em “roubar terras produtivas”. Desde 2013, ruralistas usam a Organização Nacional de Garantia ao Direito de Propriedade para articular ações anti-demarcação de terras indígenas. São ações que vão desde contatos com a bancada ruralista no Congresso Nacional até a expulsão dos indígenas das terras.
Sobre a organização
Júlia Rohden Ramos é jornalista formada pela Universidade Federal de Santa Catarina. Foi repórter do coletivo Maruim, em Florianópolis (SC), escrevendo sobre ocupações urbanas e manifestações. É autora da reportagem “A Céu Aberto”, publicada na revista “Caros Amigos”, sobre os conflitos socioambientais nos municípios do quadrilátero ferrífero de Minas Gerais. Atua como repórter nas áreas de arquitetura e urbanismo e direitos humanos.
Parcerias
Site e jornal “Brasil de Fato”
Resultados
Foram escritos cinco capítulos de uma grande reportagem publicada no site e no jornal “Brasil de Fato”, com fotos, vídeos e infográficos. Trata-se de um material com informações sobre a história das terras indígenas em Guaíra e Terra Roxa e a situação em que a população indígena vive nesses locais. O material também foi editado e publicado em uma revista de 24 páginas entregue aos indígenas junto com fotos feitas nas aldeias.
A reportagem pode ser vista no seguinte link: “Brasil de Fato”
Linha de Apoio
Jornalismo Investigativo e Direitos Humanos
Ano
2017
Valor doado
R$ 26.348,74
Duração
18 meses
Temática principal
Direitos dos povos indígenas