Objetivos e público alvo
Formar as lideranças quilombolas de comunidades ameaçadas e realizar oficinas que apresentem marco legais para os direitos quilombolas nas áreas de saúde, educação, meio ambiente. Fazer rodas de conversas com comunitários, lideranças e outros profissionais, para que estes tenham melhores condições de compreender seus direitos e assim lutar por eles com melhor qualificação técnica.
Contexto
Na região de Moju, historicamente as comunidades tradicionais se organizam coletivamente em busca de conquistar direitos, efetivar políticas públicas definidas por lei e pela Constituição Federal. A lentidão nos processos de titulação dos territórios quilombolas tem causado grandes prejuízos para os quilombolas. Conflitos fundiários e agrários, conflitos com empresas, fazendeiros e outras formas de invasão territorial, são alguns dos problemas vividos por essas comunidades. De acordo com a Clínica de Direitos da Universidade Federal do Pará, existem no Pará mais de 100 comunidades quilombolas sem georreferenciamento. Por todos esses motivos o Kizomba entende ser necessário se imergir ainda mais com vista na defesa dessas famílias.
Sobre a Organização
O Kizomba, ao longo de sua criação, em 2000, significa para as comunidades quilombolas Africa, Laranjituba, Caeté, Moju-Miri, Samauma, dentre outras comunidades quilombolas, a manutenção dos processos ancestral de produção e reprodução da saberes e fazeres ancestrais. As danças, a música, a educação, a saúde, o meio ambiente, os serviços de turismo e principalmente as lutas por direitos humanos territoriais, são bandeiras do Kizomba. O objetivo específico é proteger toda a produção ancestral existente na comunidade, assim como a produção viva, que são seus antigos moradores.