Objetivos e público alvo
A partir de dados obtidos via Lei de Acesso à Informação, relativo aos termos de assentimento prévio para estudos de exploração de minérios no Brasil, mapear o avanço dessa atividade no país. Com essas informações, e contextualizando-as com dados sobre a presentação de povos originários, áreas de proteção ambiental, problematizar questões sobre a posse e uso da terra no interior do Brasil. Com isso, avançar para além do noticiário pontual a respeito do assunto, sistematizando os dados públicos existentes.
Atividades Principais
- Mapear os pontos de exploração mineral no Brasil e também a localização de áreas de preservação ambiental;
- Criar um mapa interativo que permita novas reportagens e pesquisas sobre esses conflitos latentes;
- Divulgação paulatina dos dados na medida em que forem obtidos, resultando numa série de notícias sobre as relações sociais imbricadas na exploração mineral;
- Envolver a comunidade acadêmica dos vários cursos de Jornalismo de Curitiba, capacitando novos jornalistas a lidarem com esse tipo de apuração.
Contexto
No banco de dados já informado existem os termos de pesquisa geológica para fins de exploração comercial emitidos nos últimos 12 anos. Somados aos dados de lavras já existentes, permitem um mapeamento inédito, pautado por documentos oficiais, diferente dos feitos por entidades do setor (Mapa da Mineração Brasileira 2015, por exemplo, da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha).
Sobre a Organização
Criado em 2014, o coletivo Livre.jor é formado pelos jornalistas José Lázaro Jr., João Guilherme Frey, Rafael Moro Martins e Alexsandro Ribeiro. O grupo é especializado em notícias apuradas a partir de documentos e dados públicos, em geral obtidos pela leitura sistemática de diários oficiais, via Lei de Acesso à Informação ou coletados em bancos de dados públicos.
Parcerias
Observatório Justiça e Conservação (OJC)
Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS)
Resultados
Foi contabilizado 4.536 conflitos socioambientais no Brasil. São 245 áreas indígenas (40% do total), 183 comunidades remanescentes de quilombolas (46%), 1.079 unidades de conservação (61%) e 3.029 assentamentos (43%) classificados como locais de possível conflito socioambiental pela reportagem – que adotou o critério de considerar potencialmente ameaçados quem esteja a 10 km ou menos de um dos 30.554 empreendimentos minerários legalizados no Brasil (em maio de 2018, quando os dados foram obtidos).
Links (Clique nos títulos)
Plataforma online com dados inéditos sobre a tensão socioambiental associada à mineração no Brasil
Reportagem de repercussão regional – Jornal Plural
Reportagem de repercussão nacional – UOL
Reportagem de repercussão internacional – Mining.com 1 / Mining.com 2 / The Brazilian Report