Objetivos e público alvo
O projeto propôs a produzir um Mapeamento Social das Cipozeiras, os conflitos socioambientais e as violações de direitos humanos a que estão expostos grupos de cipozeiras nos municípios de Garuva (SC), Itapoá (SC) e Guaratuba (PR) por meio de um processo de formação e capacitação técnica e política.
Atividades Principais
- Encontro interestadual de cipozeiras
- Formação sobre direitos humanos e comunidades tradicionais
- Treinamento em sistematização de dados
- Treinamento para uso de equipamentos como GPS, gravador digital e maquina fotográfica digital para um mínimo de 10 cipozeiros
- Visitas a 60 comunidades cipozeiras
Contexto
A pressão do agronegócio do pinus, gado de corte e monocultura de banana contra as cipozeiras levou a uma dramática redução do acesso aos recursos naturais, sobretudo o cipó-imbé com o qual produzem artesanatos como fonte de renda. Estima-se que existem pelo menos 1.000 cipozeiras em três municípios de abrangência do movimento nos Estados do Paraná e Santa Catarina. A crescente mercantilização das terras provocou avanços sobre os territórios das cipozeiras e deixou um rastro de violência, como intimidação, ameaças de morte e assassinatos de fato. O grupo se uniu em torno de suas demandas e busca lidar com dificuldades como a falta de informações sobre sua população e seus conflitos.
Sobre a Organização
O movimento social representa as cipozeiras na região de Garuva e Itapoá (SC) e Guaratuba (PR). Sua missão é articular e mobilizar essas trabalhadoras e trabalhadores na defesa e promoção de seus direitos étnicos e coletivos, visando o acesso e manutenção de sua territorialidade específica.
Parcerias
Centro Missionário de Apoio ao Campesinato
Rede Puxirão de Povos e Comunidades Tradicionais
Resultados
O grupo cumpriu parcialmente a proposta inicial. Foi feita com sucesso a capacitação de 10 lideranças – mulheres, homens e jovens – para o uso de equipamentos de coleta de dados e a mobilização no sentido de cumprir a proposta de mapeamento. Foram feitas 29 visitas a comunidades – de um total de 60 propostas – e o grupo conseguiu avançar no sentido de levantar e sistematizar os principais conflitos que atingem as cipozeiras na região.