Objetivos e público alvo
Contratar um especialista em segurança, que possa se incorporar ao trabalho do Observatório nestes meses e facilitar o processo de construção de diagnósticos e análise de riscos nos três níveis trabalhados (instituição, territórios e espaço cívico regional) e conduzir o processo de elaboração e implementação de protocolos de segurança que deveriam ser adotados pela organização, com boas práticas e recomendações para que as demais organizações também possam adotar.
Contexto
O Marajó tem 14 de seus 17 municípios com IDH baixo ou muito baixo (incluindo o pior do país – Melgaço) e já era, em 2019, uma das 10 unidades de conservação da Amazônia mais ameaçadas tanto por conflitos de terra, quanto por obras de infraestrutura. A região é cenário de tensões, conflitos e movimentos políticos de exploração socioambiental que encontram a maior resistência, sobretudo, no corpo das mulheres e homens quilombolas, ribeirinhos, extrativistas. Por isso, o projeto que pensamos para este edital vai garantir uma estrutura de segurança não apenas para o Observatório do Marajó, mas também para outras organizações de base da região.
Sobre a Organização
Em 2020, nosso primeiro ano de atuação, criamos uma rede de apoio financeiro, afetivo e de informações seguras para 25 mulheres marajoaras que haviam vivido deslocamentos e estavam em situação de vulnerabilidade social na região metropolitana de Belém no contexto da primeira onda de covid-19. Nossa missão é fortalecer o espaço cívico da Ilha do Marajó e seus 16 municípios, isto é, contribuir com um movimento maior de mudança da dinâmica sociopolítica na região, para que as populações, em especial as mulheres negras ribeirinhas, tenham mais e melhores instrumentos de incidência e ação política e não sejam deixadas de fora dos espaços formais de poder que decidem suas condições de vida e deveriam garantir seu acesso a direitos fundamentais.